Mais um ano chegou ao fim e é comum todos fazermos um balanço das nossas ações e realizações. Este é realmente um período de reflexão em que renovamos as esperanças e listamos o que queremos mudar no ano que inicia. A violência nas grandes cidades é sentida, majoritariamente, como o maior problema contemporâneo. Por conta disto, gostaria de fazer uma proposta a todos os cidadãos, em especial aos motoristas, para que no ano novo, incluam entre suas metas a adoção de um comportamento mais consciente e de mais respeito nos seus deslocamentos.
O trânsito violento interfere no tecido social, prejudica as relações sociais e contribui para o quadro da perda da qualidade de vida. Privilégios na circulação precisam ser alterados dentro de uma concepção que não exclua as pessoas. O automóvel, que ocupa 60% do espaço disponível para a circulação nas cidades, transporta somente cerca de 20% da população. Há uma apropriação privada do espaço construído para o coletivo.
Sem contar que a cada ano, mais de 30 mil pessoas morrem em acidentes de trânsito. Esse número só diminuirá quando houver uma mudança de comportamento por parte dos motoristas. Além de ações e campanhas educativas permanentes, de uma fiscalização mais eficiente e rigorosa, é importante convocar toda a sociedade a assumir sua responsabilidade com vistas à redução e prevenção de acidentes, assim como está previsto pela OMS – Organização Mundial de Saúde a redução de 50% dos acidentes de
Comigo não
No imaginário geral, a tendência é sempre achar que “não vai acontecer comigo”. Mas acontece. O trânsito não escolhe vítimas. Não escolhe classe social. Não diferencia pobres e ricos. Todos estão sujeitos a sofrer um acidente de trânsito.
Essa mudança de comportamento tão necessária, não é fácil de ser conquistada. ela só virá com investimentos em educação de trânsito. E por que não se falar também em reeducação daqueles que usual e habitualmente infringem as regras impunemente.
Fiscalização
Aliado à educação, é preciso haver fiscalização. Sem ela, é difícil mudar comportamento, é difícil mudar uma cultura de desrespeito tão arraigada. As ações decorrentes da reformulação da lei que pune o motorista que bebe e dirige e que ficou conhecida como lei seca, trouxe números bastante expressivos de redução das vítimas de trânsito. É necessário continuar com o mesmo ímpeto inicial de fiscalizar e punir motoristas que insistem em dirigir depois de beber.
A fiscalização eletrônica tem também um papel importante para essa mudança de comportamento. Ao monitorar o trânsito 24 horas por dia, os equipamentos de fiscalização eletrônica obrigam os motoristas a respeitarem os limites de velocidade. Ao atender a velocidade regulamentada, o motorista contribui para a diminuição dos acidentes e começa a compreender a importância de se respeitar a sinalização e não o equipamento.
Democratizar o uso do espaço urbano
Exige das autoridades eleitas este ano uma nova postura, uma atitude mais firme em defesa da vida e do meio ambiente. O trânsito seguro é um direito do cidadão e um dever do estado. Portanto, a segurança no trânsito é uma política pública de responsabilidade dos municípios, estados e União mas, aproveite o final de ano para refletir sobre o seu comportamento no trânsito e entre em 2011 com uma verdadeira proposta de mudança.
Um maravilhoso ano para você!
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