quinta-feira, 7 de abril de 2011

Frente quer reduzir pela metade acidentes de trânsito com mortes

A Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro foi relançada nesta quarta-feira (6), no auditório Nereu Ramos, com uma meta: reduzir pela metade o número de acidentes com mortes até 2020, por meio de mudanças na legislação e da fiscalização dos investimentos públicos na área. Esse número foi de 40 mil no ano passado, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal.

A meta faz parte de uma campanha mundial da Organização das Nações Unidas (ONU) que será lançada no dia 11 de maio. A entidade estima que 1,3 milhão de pessoas morrem por ano, em todo o mundo, em razão de acidentes de trânsito. “Para onde estão indo os recursos que devem ser aplicados na prevenção de acidentes? Esse é um dos principais focos em que nós vamos atuar”, disse o coordenador da frente, deputado Hugo Leal (PSC-RJ).

De acordo com ele, o governo federal possui cerca de R$ 500 milhões por ano para investir na prevenção de acidentes, mas não aplica toda a verba. O deputado afirma que usar esses recursos corretamente já seria suficiente para garantir que o Brasil cumpra a meta proposta pela ONU.


Dep. Hugo Leal (PSC-RJ)
Hugo Leal: aplicação correta de recursos públicos poderia reduzir número de mortes.

O investimento correto, segundo Leal, também significaria economia para os cofres públicos, já que as mortes e ferimentos no trânsito custam ao País cerca de R$ 30 bilhões por ano, segundo estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e ANTP.

Fiscalização
O diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Orlando Moreira da Silva, disse que a frente parlamentar pode ajudar na cobrança do governo por ações de prevenção. “Precisamos de fiscalização e de educação no trânsito para reduzir o número de mortes”, disse.

O presidente da ONG Trânsito Amigo, Fernando Diniz, defendeu que os deputados atuem exigindo a punição de responsáveis por mortes no trânsito. Diniz perdeu um filho há oito anos, em um acidente no Rio de Janeiro, e até hoje ninguém foi punido.

“Temos que enrijecer as leis com punições, prisões. Essa é a nossa defesa. Não é justo que hoje os senhores da lei, nossos juízes, deem como sentença o pagamento de cesta básica”, disse o engenheiro. “No momento em que eles fazem isso, estão comparando a vida de nossos filhos a alguns grãos de arroz e feijão”, criticou.

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