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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Aquecimento do clima pode reduzir a absorção de carbono pelas árvores, por Henrique Cortez


Um dos argumentos utilizados pelo ecocéticos das mudanças climáticas é que o aumento de CO2 na atmosfera seria benéfico às florestas, ao ‘adubar’ as árvores, permitindo o crescimento de sua massa vegetal.
Há quem, deliberadamente, misture crescimento de massa com aumento de área, para justificar o desmatamento crescente. No entanto, ao contrário destes argumentos, um novo estudo [Longer growing seasons lead to less carbon sequestration by a subalpine forest] sugere que as florestas subalpinas absorverão menos carbono em razão das mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global.
O estudo, que será publicado na edição de fevereiro da revista Global Change Biology, foi realizado por pesquisadores da University of Colorado at Boulder, em conjunto com o Instituto Cooperativo de Investigação em Ciências Ambientais (Cooperative Institute for Research in Environmental Science – CIRES), contradiz estudos realizados em outros ecossistemas que indicam o crescimento florestal a partir da maior absorção de carbono.
Os pesquisadores identificaram que a redução da disponibilidade de água, em razão da redução da neve e do consequente degelo, tornou as árvores menos eficientes na conversão de CO2 em biomassa. Chuvas de verão não conseguiram compensar a diferença..
De acordo com o estudo, no caso das florestas subalpinas, a neve é muito mais eficaz do que a chuva no fornecimento de água para estas florestas e mesmo que o aquecimento traga mais chuva, isso não vai compensar o potencial de absorção de carbono perdidos devido ao degelo em declínio.
Além do mais, florestas mais secas também são mais suscetíveis à infestação de besouros e incêndios florestais.
Os pesquisadores foram capazes de distinguir entre a neve da primavera e a chuva de verão , na matéria vegetal, através da análise de pequenas variações em átomos de hidrogênio e oxigênio nas moléculas de água.
A questão é delicada porque as florestas subalpinas respondem por 70% dos sumidouros de carbono, ou áreas de armazenamento de carbono do oeste dos Estados Unidos. Sua distribuição geográfica inclui grande parte das Montanhas Rochosas, Sierra Nevada e áreas montanhosas do noroeste do Pacífico.
Cristina Baddini Lucas

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Espero que 2010 seja "O ANO"!


Todos nós esperávamos um acordo entre as nações na reunião da COP-15, que ocorreu em dezembro de 2009 em Copenhague, Dinamarca, para salvar o planeta de catastrofes climáticas globais causadas pelo aquecimento global.


A expectativa era por um acordo com metas concretas de redução drásticas de emissões de gases de efeito estufa, nas próximas décadas, para garantir que a temperatura média global não aumente em níveis maiores que 2 graus Celsius.


A COP-15 ficou em promessas . Espero que na COP do México que acontecerá em dezembro de 2010 tenhamos melhores resultados.
Mas, será que se essas metas tivessem sido definidas na COP-15 isso iria garantir que nossos filhos teríam no futuro sem risco de aquecimento e catastrofes climáticas globais?

Além de metas concretas precisamos de uma sociedade global consciente sobre os problemas ambientais do planeta e engajada para combatê-los no dia a dia.
Que em 2010 seja realmente o ano em que faremos contato com nós mesmos e com nossos sentimentos mais elevados, para que possamos construir juntos uma grande comunidade global mais solidária, inclusiva e mais consciente.
Feliz 2010 para todos!
Cristina Baddini Lucas

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

País pode perder R$ 3,6 trilhões com aquecimento global


O Brasil pode perder R$ 3,6 trilhões até 2050 em razão dos impactos provocados pelas mudanças climáticas, o que equivaleria a jogar fora um ano de crescimento econômico nos próximos 40 anos.

O dado faz parte do estudo Economia das Mudanças do Clima no Brasil, que reuniu equipes de instituições reconhecidas, como as universidade de São Paulo (USP), Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Estadual de Campinas (Unicamp) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O levantamento foi inspirado no Relatório Stern, que analisou economicamente os problemas causados pelo aquecimento global no mundo.

De acordo com o estudo, a perda para o País significa uma redução do Produto Interno Bruto (PIB) em 2,3% em 2050.

"As pessoas podem achar que não é muito, mas a crise financeira mundial foi estimada em 2% do PIB global", afirmou Sergio Margulis, pesquisador cedido pelo Banco Mundial e um dos coordenadores técnicos do estudo.

A perda para o cidadão pode chegar a até R$ 1.603 ao ano.As regiões mais afetadas no País serão a Amazônia e o Nordeste. Para Carolina Dubeux, ligada ao Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ) e também coordenadora técnica do trabalho, é importante ressaltar que haverá um aumento das "disparidades regionais" com a subida da temperatura global.

"O Brasil, como é um País continental, tem várias regiões que sofrem diferentes impactos do clima. Se fosse um país pequeno, o problema incidiria de forma mais ou menos uniforme."O Rio Grande do Sul, por exemplo, deve ter menos geada.

"Isso significa que a agricultura vai ter menos perdas no Sul.

Mas, enquanto o Sul não sofre ou até ganha um pouco, o Nordeste fica numa situação bastante pior.

Esse aumento da disparidade regional vai na contramão do esforço que o País tem feito para ficar menos desigual", diz.

No Nordeste é prevista uma diminuição das chuvas entre 2 e 2,5 milímetros por dia até 2100.

Isso afetaria a pecuária, com redução de 25% na capacidade de pastoreio de bovinos de corte.Amazônia.

A região amazônica é onde deve ocorrer o maior aumento da temperatura - a elevação pode chegar a 8°C em 2100.

O efeito será uma transformação drástica na paisagem: 40% da cobertura florestal na área sul-sudeste-leste da Amazônia seria substituída por savana.

A perda de serviços ambientais da Amazônia, como fornecimento de água, regulação do clima, proteção do solo e geração de matéria prima, é estimada em US$ 26 bilhões ao ano.
(AE)

O aquecimento global e as enchentes


Chuva alagando importantes avenidas da metrópole. Pessoas ilhadas e veículos praticamente submersos. São Paulo e cidades do ABC bastante atingidas pela tempestade. Os rios Ipiranga e Tamanduateí, além do Ribeirão dos Meninos, transbordando e alagando várias ruas e avenidas. O trânsito travado na capital e a circulação de trens interrompida. Debaixo d'água, o centro de São Bernardo do Campo duas horas sem luz. A Via Anchieta totalmente bloqueada nos dois sentidos na altura do km 13 em função do transbordamento do Ribeirão dos Couros. A Avenida do Estado cheia com vários carros cobertos pela água. Caos urbano. Morte e medo. A pergunta que nos vem à cabeça é porque isto aconteceu? De quem é a culpa? O que pode ser feito?

Efeito estufa e as mudanças climáticas

Algumas importantes mudanças ambientais tem sido observadas e o aquecimento global vem sendo apontado como agente causador. Os verões estão cada vez mais quentes, as tempestades mais fortes e perigosas com enchentes e muita destruição. O aquecimento traz ainda outras consequências desastrosas para o planeta como, por exemplo, a elevação do nível dos oceanos, o derretimento das geleiras, furacões, secas, inundações mais intensas, muitos raios e doenças das mais variadas. A queima de combustíveis fósseis é o que mais contribui para aumentar a concentração natural dos gases emitidos. O chamado efeito estufa proporciona efeitos similares aos que sofremos esta semana na Grande São Paulo. Atualmente o tráfego urbano motorizado é o maior problema ambiental da Grande São Paulo.

Resíduos Sólidos

Alguns atribuem ao lixo produzido pela população e dispensado de forma errada como fator causador dos alagamentos junto com a infraestrutura precária. As práticas de gestão e de resíduos sólidos urbanos e industriais precisam ser revistas. Embora a sustentabilidade e a preocupação ambiental tenham avançado nos últimos anos, ainda enfrentamos desafios como o baixo percentual de reciclagem que é de 12% enquanto na Alemanha chega a 57%. E o que nós podemos fazer? Possuir e consumir tudo do jeito que sempre foi feito é caminhar em direção contrária à proposta de sustentabilidade do planeta. Quanto mais possuímos produtos e bens descartáveis, mais lixo produzimos e o problema da destinação de todo este lixo passa da esfera da sociedade para a responsabilidade dos gestores públicos.

Ações e propostas

A tomada de consciência sobre a questão ambiental assim como a adoção de comportamentos mais participativos é uma prioridade. É necessária uma redução drástica das emissões de gases na Grande São Paulo. Os Governos devem regular e fiscalizar eficientemente. As Prefeituras devem se preocupar tanto com ações mais simples como a limpeza regular dos bueiros, as rotas dos caminhões de lixo que além de derrubarem chorume nas vias, também correm, matam e atropelam, para poder acreditar que estes Governos podem implementar grandes projetos ambientalmente corretos. O transporte coletivo tem que ser priorizado. Transporte bom e barato. As organizações da sociedade civil devem se engajar e nós todos devemos rever nossas posturas urbanas. Difícil, mas não impossível.

Cristina Baddini Lucas