quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Expansão do metrô deve aliviar o sufoco dos usuários




As inaugurações do primeiro trecho da linha 4-amarela do metrô e do trecho final da linha 2-verde, em março de 2010, trarão uma nova configuração de fluxo de passageiros em todo o sistema da capital paulista.




Como o novo trecho da linha amarela cruzará com as linhas 1-azul, 2-verde e 3-vermelha do metrô e com a linha 9-esmeralda da CPTM -e o da linha verde cruzará a linha 10-turquesa da CPTM-, o mapa do transporte ferroviário na cidade ganhará cinco novas estações de integração que ajudarão a desafogar a já saturada estação Sé.




Segundo estimativas do Metrô, a partir de março de 2010, o fluxo de passageiros na Sé cairá de 700 mil passageiros/dia para 470 mil passageiros/dia, uma diminuição de 33%. Isso significa que, de cada três passageiros que utilizavam a Sé como conexão principal para acessar outras regiões da cidade, um mudará de trajeto.




Por exemplo, um passageiro que chegue da zona leste e queira descer na estação Consolação, uma das mais movimentadas da linha verde, não terá mais que descer na Sé, pegar a linha azul e depois descer na estação Paraíso e pegar a linha verde.




A partir de março, esse passageiro poderá ir direto até a República, pegar a linha amarela e descer na estação Paulista, que será ligada à Consolação por um túnel. Já os passageiros que chegam do ABC utilizando a linha turquesa também poderão evitar a linha vermelha e, consequentemente, a Sé, caso queiram chegar à av. Paulista.




Com a integração na estação Tamanduateí, evitarão fazer três baldeações (Brás, Sé, Paraíso). Outras duas estações que terão menos usuários serão Ana Rosa e Paraíso. Cairão de 418 mil passageiros/dia para 380 mil. Em compensação, a Luz vai ganhar 100 mil passageiros/dia, enquanto República e Paulista/Consolação vão dobrar a demanda, assim como a linha 2. Questionado se a Luz não corre o risco de se tornar uma nova Sé, já que passará a receber duas linhas do metrô e três da CTPM, o secretário de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, diz que não, pois, além de não ter a mesma demanda, será ampliada.




Novos passageiros A queda no movimento da Sé e das outras estações de integração, no entanto, será apenas momentânea. Em 2012, a linha amarela chegará à Vila Sônia (zona oeste de SP) e serão concluídas suas estações intermediárias, como Mackenzie-Higienópolis, Oscar Freire, Fradique Coutinho e Morumbi.




A linha 5-lilás, que em 2010 se integrará à malha metroviária por meio da linha esmeralda, também alcançará as linhas azul e verde. Todos esses fatores atrairão mais passageiros para todas as linhas e aumentarão o movimento nas estações de integração.


Fonte: Folha de S. PauloPublicada em:: 03/11/2009








Combustível faz mais quilômetros por litro, mas tem excesso de enxofre, poluente que mata
O Senado se prepara para votar um projeto para permitir a venda de carros de passeio movidos a diesel. O combustível é mais poluente que o álcool, mas, segundo a proposta do senador Gerson Camata (PMDB–ES), faz mais quilômetros por litro e emite menos gases tóxicos do que a gasolina. Isso o tornaria uma alternativa mais “ecológica”, segundo argumenta o senador. No entanto, a ideia é rejeitada por entidades ambientalistas e montadoras. Segundo elas, o óleo diesel, em muitas regiões do país, ainda possui alta concentração de enxofre. E essa substância mata.



O projeto de lei de Camata foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado em julho e, agora, passa por avaliação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Caso não haja nenhum recurso contrário, o projeto irá para a Câmara.




Se os deputados aprovarem, a lei irá para sanção presidencial.A proposta quer acabar com lei criada em 1976 que proíbe a venda desse tipo de veículo. A medida foi tomada durante a crise do petróleo, quando o Brasil tentava diminuir a importação do óleo e investia no álcool. Desde então, apenas veículos comerciais (caminhões, ônibus, caminhonetes, jipes e alguns SUVs) podem circular com o combustível.



Proposta está em discussão no Senado e ainda precisa passar pela Câmara para que a liberação aconteça



“Atualmente, se você é rico, você pode comprar um carro importado que use diesel e aproveitar os benefícios de rodar mais quilômetros por menos litros. Mas se você é uma pessoa pobre ou de classe média, que quer comprar um carro de passeio 1.0, por exemplo, não pode”, disse Camata.




Primeiro a levantar bandeira contra a liberação do combustível, o Movimento Nossa São Paulo critica a baixa qualidade do diesel no país, com alta concentração de enxofre. “É preciso levar a sério a questão da saúde pública.




O médico Paulo Saldiva, do Laboratório de Poluição da USP, apresentou um estudo que mostra que, das 110 mortes por causas naturais na região metropolitana, entre 12 e 14 são em consequência do diesel”, argumenta um dos idealizadores da ONG, Oded Grajew.




Hoje, a concentração média de enxofre no diesel é de 500 PPM (partes por milhão). Em Belém, Fortaleza, Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, chega a 50 PPM. Mas nas cidades afastadas das capitais, chega a ter 1.800 PPM de enxofre. Se considerarmos que o óleo da Europa possui 10 PPM, o Brasil está bem longe do nível europeu.




Sem falar nos motoristas que mexem nos injetores para que o veículo tenha mais potência – e, assim, aumentam a poluição. “Temos que ter um diesel como na Europa”, reforça Grajew.


Primeira Mão




Cristina Baddini Lucas




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