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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Mobilidade urbana versus colapso social


Não temos um transporte realmente público, talvez coletivo.

O direito de ir e vir é uma moeda de troca em nome de um grande mercado chamado Transporte nas grande cidades. Sua tarifa é segregadora e 38 milhões de brasileiros não possuem acesso a transportes coletivos devido a seu preço que, segundo o IBGE, é o terceiro maior gasto da família brasileira.

Uma grande contradição, pois os cidadãos ficam sem os serviços que seriam a vantagem de se morar em um centro urbano e ainda são impulsionados a se arriscar com bicicletas ou motos para ganhar maior mobilidade ou se juntar à fila dos que acreditam que um automóvel pode fazer milagres.

Milagres só para a indústria automobilística, que tem toda sua cara impressa nas cidades, com ruas exclusivas para carros e uma indústria que fomenta, mesmo não havendo mais espaço ou vagas para este tormento que é o trânsito das grandes cidades, e lucra com cada um que desiste e entra na fila.
Daí lança-se campanhas com celebridades sorridentes para esconder o problema, e a seguradora que lucra com acidentes automobilísticos bota a culpa na gente, que anda muito estressado com o trânsito.
O aumento de veículos, ruas e rodovias esburacadas e sem sinalização, muitas filas e a impaciência que temos de aguardar em uma dessas filas são combinações perigosas.

O trânsito nos torna insanos e não há gentileza ou sistema brasileiro de trânsito com leis e multas que faça mudar isto: é um colapso, um ataque de nervos. Ter compromissos e uma vida a seguir com um fluxo de carros enormes que não sai do lugar é muito para o ritmo veloz das cidades. O carro se transforma em seu território e uma linha imaginária ao seu redor será disputada com os demais como qualquer outro predador que vai à caça. Qual a solução viável para esta dramática situação? Um transporte público de verdade.

O trânsito nas grandes cidades é um atraso a todo ideal de progresso. Os carros particulares ocupam 58% do espaço viário para levar somente 20% da população. Os ônibus transportam mais de 68% das pessoas e ocupam só 24% dos espaços das cidades no Brasil.

Uma solução seria mais séria e mais profunda e deveria ocorrer em todas as grandes cidades e municípios do país, em nome da mobilidade urbana e do direito de acesso à cidade é o transporte público na cidade de Hasselt, na Bélgica - desde 1996 com tarifa zero, teve um aumento gigantesco em sua utilização (1319% em 10 anos), fazendo com que as cidades tivessem mais espaço e acesso por seus cidadãos. Ela faz parte de um pequeno e crescente número de cidades ao redor do mundo que estão oferecendo tarifa zero no transporte público.

Precisamos de políticas sérias, para fazer você deixar seu carro na garagem e viajar de transporte público.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Ônibus X Motos

Nos cálculos da Associação Nacional de Transporte Público (ANTP), o ônibus ainda é mais econômico do que a moto. O cálculo envolve fatores como a ocupação de espaço no trânsito, poluição por passageiro, custo por quilômetro rodado, impostos e taxas e até custo por acidentes. Embora ganhem com vantagem em relação ao espaço viário (espaço do veículo e de circulação somados), com apenas 8m² contra 21m² requeridos por um automóvel e 54m² por um ônibus, as motos perdem em outros quesitos.

De acordo com dados coletados pela ANTP são levados em consideração o custo social, que mistura as despesas de acidentes de trânsito e emissões de poluentes, além de impostos, taxas, manutenção e depreciação. Que se somam também às passagens no caso de ônibus, combustível para as motos e para os carros, e despesa com estacionamento.

As motos perdem para ônibus: são R$ 2,37 gastos com o coletivo para se rodar sete quilômetros em cidades, valor que sobe para R$ 3,45 sobre duas rodas. Ainda assim, é mais barato do que o carro, que sai por R$ 5,55 com gasolina e R$ 5,83 com etanol. O trânsito também agradece: um único ônibus tira até 70 carros da rua.

terça-feira, 1 de março de 2011

Os desafios dos sistema de transporte passageiros de alta e média capacidade

O Grupo de Trabalho Mobilidade Urbana da Rede Nossa São Paulo, em parceria com a Comissão de Transportes da Câmara, promoveu o ano passado diversos seminários que resultaram em um documento com diretrizes para um “Plano Municipal de Mobilidade e Transportes Sustentáveis”. Deste processo resultou uma emenda ao Orçamento Municipal de 2011 , que destinou R$ 15 milhões para que o poder executivo faça um plano municipal de transportes e mobilidade, como o Plano Diretor da cidade exige.

Este ano, o GT quer aprofundar aspectos importantes do plano e vai realizar uma série de debates sobre o tema, subsidiando a sociedade civil para que participe efetivamente desta discussão. Além disso, continuaremos levando ao poder público as propostas sistematizadas por estudos, pesquisas e indicadores técnicos da situação da mobilidade em nossa cidade.

O primeiro seminário acontecerá no próximo dia 01 de março, terça-feira, das 9h30 às 12h30, no auditório do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, na rua Genebra, 25 - Centro , e terá como tema “Os desafios dos sistemas de transporte de passageiros de alta e média capacidade na cidade de São Paulo”.

Estão confirmados para a mesa:
Marcos Kassab, assessor da Presidência do Metrô que irá representar o secretário dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Jurandir Fernando Ribeiro Fernandes; Marcos Kiyoto, arquiteto e consultor da TC Urbes na área de transportes de alta capacidade; Manuel Xavier Lemos Filho, diretor da Federação Nacional dos Metroviários (FENAMETRO) e representante da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB, no Conselho das Cidades do Ministério das Cidades; Ailton Brasiliense Pires, assessor da diretoria de planejamento da CPTM e presidente da ANTP; o engenheiro Edilson Reis, coordenador do Comitê Temático "Cidade em Movimento" do Conselho Tecnológico do SEESP -Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo; Epaminondas Duarte Júnior, assistenta da Diretoria de Planejamento e Expansão dos Transportes Metropolitanos do Metrô, e o coordenador da secretaria Executiva da RNSP, Maurício Broinizi Pereira.

Os próximos seminários previstos terão com tema:
– Maio: O desafio do transporte público – ônibus e corredores
– Setembro: Os modais não motorizados – (ciclistas, pedestres/saúde/acidentes)
– Novembro: Orçamento da cidade de São Paulo e do Estado para as áreas de transportes e mobilidade urbana.

Após o seminário, o público poderá participar do debate.

Inscrições gratuitas pelo e-mail: andrea@isps.org.br
Horário: 1 março 2011 de 9:30 a 12:30
Local: auditório do Sindicato dos Engenheiros do Estado de SP
Organizado por: GT Mobilidade Urbana da Rede Nossa São Paulo

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Ipea: 20% dos brasileiros enfrentam congestionamentos diariamente

Estudo sobre mobilidade urbana, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e divulgado nesta segunda-feira aponta que 23,8% dos brasileiros já têm o carro com o principal meio de transporte. Se considerada apenas a região Centro-Oeste do País este número sobe para 36,5%. Na região Sul são 31,7% e, na Sudeste, 25,6%. O Nordeste é que o tem o menor índice, com 13%.

O transporte público - incluindo ônibus, trem e metrô - ainda é o mais utilizado pela população, sendo o principal meio de locomoção para 44,3% dos entrevistados. Na região Sudeste atinge 50,7%.

O estudo aponta uma grande variação em relação às regiões. No Norte, por exemplo, 17,9% da população diz ter a bicicleta como principal meio de transporte, superando, inclusive, os automóveis, que têm 17,6%. No Nordeste o índice também é bastante superior ao restante do Brasil, com 11,3%. Já no Sul, a bicicleta só é usada por 2% dos moradores e, no Sudeste, por 3,8%.

A pesquisa também indica variação do meio de transporte conforme o grau de escolaridade do usuário. Entre aqueles que têm até a 4ª série do 1º grau completa, 49,9% dizem utilizar o transporte público. Já no gurpo dos que possuem ensino superior incompleto, completo, ou pós graduação este índice cai para 29.4%. Ao mesmo tempo, o carro passa de 13,6% no grupo dos menos escolarizados para 52,4% no daqueles com mais anos de estudo.

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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Metrô leve do ABC deve funcionar até 2014

Obras devem começar no próximo ano em parceria de prefeituras com o estado. A obra vai ligar a região à estação Tamanduatei do Metrô e CPTM.

O secretário dos Transportes Metropolitanos do Estado, Jurandir Fernandes, disse que dentro de sete meses a sua pasta irá apresentar o projeto básico para a construção da linha de metrô leve que deve ligar o ABC à estação Tamanduateí do Metrô e trem. Fernandes estima que a obra deve ter início no ano que vem e as primeiras estações devem ser inauguradas em 2014. O pronunciamento de Fernandes foi feito em reunião entre ele e o deputado estadual Alex Manente (PPS) e o prefeito de São Caetano, José Auricchio Jr (PTB).


Segundo Jurandir Fernandes as obras devem ser iniciadas no ano que vem e a expectativa é de que as primeiras estações sejam inauguradas em 2014. "Nossa equipe técnica já estuda o projeto funcional e dentro de sete meses deve apresentar projeto básico do Metrô na região. O próximo passo, é delinear a engenharia financeira para tornar o projeto viável.


Respeitando os prazos regimentais, licitações e licenças ambientais, podemos dizer que a obra começa em 2012 e em 2014 teremos trechos concluídos e estações inauguradas."

Durante a reunião, Jurandir Fernandes anunciou o nome de Sérgio Henrique Passos Avelleda como o novo presidente do Metrô e destacou a importância de contar com os poderes Legislativo e Executivo para facilitar o trabalho da Secretaria.


A obra ligará a região do ABC, partindo de São Bernardo e seguindo por São Caetano até a estação Tamanduateí do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

O formato do transporte será o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) ou monotrilho. A obra será realizada pelas prefeituras em parceria com o Governo do Estado de São Paulo. "O VLT em nossa região é um desejo do governador Geraldo Alckmin, e estamos muitos felizes pelo projeto ser tratado com tanto interesse. Será maravilhoso para a população de São Caetano ter mais esse meio de transporte público, ligando diretamente o município com o Metrô.

A reunião foi muito producente, já que aproximou o ABC do novo comando dos transportes estaduais", afirmou Auricchio. "Estamos estudando uma data para que o secretário Jurandir Fernandes e demais autoridades possam ir a São Caetano, onde realizaremos um novo encontro sobre o tema. A Prefeitura está de portas abertas para recebê-los", completou o chefe do Executivo.

São esperados cerca de 30 mil passageiros/hora usando a linha que terá cerca de 15 quilômetros de extensão e diversas estações.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Eleições e Mobilidade Urbana


Na reta final eleitoral, documento da ANTP a candidatos segue como pauta para debate sobre desafios da mobildiade urbana
Nesta semana que antecede ao segundo turno da eleição presidencial e em vários Estados, o documento da ANTP sobre mobilidade urbana oferece 27 propostas para o o debate eleitoral. O documento. Em setembro, partidos e candidatos receberam o documento da ANTP intitulado Os Desafios da Mobilidade Urbana – Contribuição para o Debate Eleitoral de 2010. Esse texto resulta de amplo debate interno e foi aprovado pelo Conselho Diretor da ANTP no final de agosto. Apoio.O presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Públicos de Transporte e Trânsito, Dílson Peixoto, apoiou o documento, a exemplo do que fizeram diversos secretários e dirigentes. Pouco antes do primeiro turno, o presidente da Fundação IPUJJ, de Joinville, Luiz Alberto de Souza, expressou apoio ao texto. Na imprensa.Matéria do jornal Folha de S. Paulo apresentou algumas das propostas do documento da ANTP. Ampla divulgação. O superintendente Marcos Pimentel Bicalho reitera recomendação da ANTP para ampla divulgação do texto.
Leia a integra do documento 'Os Desafios da Mobilidade Urbana-Contribuição para o Debate Eleitoral de 2010'

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Rio é o primeiro município brasileiro a atualizar inventário de emissões de CO2


A Prefeitura do Rio de Janeiro apresentou na semana passada o segundo Inventário de Emissões de Gases do Efeito Estufa elaborado pela Coppe/UFRJ, durante lançamento do Fórum Carioca de Mudanças Climáticas. A capital carioca é o primeiro município brasileiro a atualizar o relatório, cuja primeira edição tem por base o ano de 1998 – o documento atual conta com dados referentes a 2005.
Segundo o novo inventário, o município apresenta uma pequena redução no volume per capita de dióxido de carbono (CO2), que passou de 2,3 toneladas por habitante ao ano para 2,17 ton/hab/ano. Este índice será o ponto de partida para a cidade atingir a primeira meta do Protocolo Rio Sustentável, que prevê a redução em 8% dos gases poluentes até 2012.O protocolo, que estabelece a política carioca sobre o clima, tem o movimento Rio Como Vamos (RCV) como co-signatário.
Na comparação com outras metrópoles do mundo, a cidade do Rio de Janeiro apresenta um dos menores índices de emissões per capita de carbono. Nos Estados Unidos, por exemplo, Washington tem índice de 19,7 ton/hab/ano e Nova York, de 7,1. Pequim, na China, tem índice per capita de 6,9; Londres, na Inglaterra, de 6,2; Roma, na Itália, de 5,2; e Tóquio, no Japão, de 4,8. Entre os estados brasileiros, o Rio de Janeiro tem índice de 4,5; e Minas Gerais, de 6,38. A taxa no Brasil é de 9,4 ton/hab/ano.
Listamos para você as taxas de emissões de CO2 na cidade do Rio de Janeiro distribuídas por setores da economia:
Energia (64%);
Resíduos (31%);
Indústria (3%);
Agricultura, florestas e demais utilizações do solo (2%).
O inventário destaca que, dentro do setor de energia, transportes representa 64% das emissões. Já no de resíduos, o lixo corresponde a 77% do total de CO2 emitido. O prefeito Eduardo Paes garantiu que a redução dos gases em 8% ainda em seu governo é uma meta totalmente factível, especialmente pela constatação do Inventário de Emissões de que os dois setores mais poluentes são, justamente, aqueles que passarão pelas maiores transformações por meio de programas da atual gestão.
Lixo
Em relação ao segmento de resíduos, o encerramento das atividades do aterro sanitário de Gramacho, previsto para 2012, possibilitará uma grande redução do volume de gases. O lixo produzido no Rio passará a ser levado para o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) de Seropédica, com tecnologia de manejo que fará com que o lixo carioca deixe de liberar na atmosfera 1,9 milhão de toneladas de gás carbônico por ano. A construção do CTR teve início no dia 13 de agosto.
Transportes
No que diz respeito aos transportes, medidas como o redimensionamento da frota; extensão da malha metroviária até a Barra da Tijuca; e a implantação dos corredores viários TransOlímpica, TransCarioca e TransOeste, que utilizarão BRTs (Bus Rapid Transit) a biocombustível, deverão reduzir a queima de diesel na cidade. Também existem projetos de reflorestar 1.500 hectares e de estimular o uso de bicicletas, com a construção de ciclovias e ciclofaixas. Todos esses programas estão previstos no Protocolo Rio Sustentável e no Plano Estratégico da Cidade, que traz as metas estipuladas pelo governo Paes.
Se o índice de redução de gases até 2012 é totalmente factível de ser alcançado, como garante Paes, já as metas para 2016 (redução de 16% das emissões) e 2020 (20%) dependerão, segundo o vice-prefeito e secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz, não só da prefeitura, mas também da adesão de outros setores da economia e da sociedade.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Cide poderá ser aplicada na renovação da frota de transporte público

A Câmara analisa o Projeto de Lei 7770/10, da deputada Sueli Vidigal (PDT-ES), que permite aos estados o uso de recursos da Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (Cide) sobre combustíveis para financiamento da renovação da frota de transporte público ferroviário, aquaviário e rodoviário.

A proposta altera a lei que regulamenta a partilha da Cide-Combustíveis (Lei 10.866/04).

Atualmente, a lei autoriza o uso dos recursos repassados aos estados apenas em programas de infra-estrutura de transportes, o que na prática tem representado investimentos na recuperação da malha viária dos estados.

De acordo com a autora da proposta, a Cide sobre combustíveis foi o tributo administrado pela receita federal que teve maior expansão entre janeiro e julho de 2010. Segundo a deputada, foram arrecadados com o tributo R$ 4,34 bilhões neste período.

"É necessário fazer alguns ajustes na lei que criou a Cide, principalmente neste momento em que a mobilidade urbana é tão importante para a população brasileira. É necessário garantir que os recursos da Cide sejam utilizados em financiamentos de transportes alternativos de massa", afirma.


A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Viação e Transportes; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Uso Consciente de Transporte


Uso Consciente de Transporte


O Instituto Akatu Instituto Akatu pelo Consumo Consciente lista uma séria de dicas que podem ajudar o consumidor a praticar o uso conscinte do transporte.
Acesse a Cartilha:


terça-feira, 1 de junho de 2010

Discussão sobre financiamento da infra estrutura e operação de transporte público


O programa hoje ao vivo, às 16h, no site da ANTP discutirá o financiamento da infraestrutura e da operação do transporte público, buscando responder a estas perguntas: Como garantir os recursos necessários de forma continuada? De onde poderão surgir novos recursos para investimentos, garantindo os benefícios evidentes em termos de qualidade e vida para as nossas cidades?

Naturalmente, esse tema central tratará do transporte urbano de alta e média capacidade, com exame das alternativas sobre pneus e sobre trilhos, em especial, Corredores de Ônibus segregados e operados (os Bus Rapid Transit - BRTs), Metrôs, Veículos Leves Sobre Trilhos (VLTs) e Monotrilhos.

Hoje, 16:00hs, não perca em www.antptv.com.br

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Candidatos à Presidência receberão propostas para a mobilidade no país


Organizado pela ANTP, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, no período de 11 e 13 de maio de 2010, o Seminário Nacional de Mobilidade Urbana – Desafios e Estratégias teve participação de 553 autoridades públicas, técnicos, especialistas do setor e profissionais de imprensa. Foi também acompanhado por 416 internautas que, no primeiro dia, assistiram via TV ANTP, a solenidade de abertura e a primeira sessão, com participação de líderes partidários que representavam as pré-candidaturas à Presidência da República, e no terceiro dia, o programa semanal Em Movimento, transmitido diretamente do local do encontro. As informações foram prestadas pela coordenadora técnica da ANTP e coordenadora geral do Seminário, Valeska Peres Pinto.


DOCUMENTO AOS CANDIDATOS

O presidente da ANTP, Ailton Brasiliense Pires, assinalou que, de imediato, sob a coordenação do superintendente da ANTP, Marcos Pimentel Bicalho, e do especialista Eduardo de Alcântara Vasconcellos, serão sistematizadas as informações e opiniões levantadas nas sessões do Seminário Nacional de Mobilidade Urbana - Desafios e estratégias, de modo a permitir a elaboração do documento com as propostas da ANTP a ser entregue aos candidatos à Presidência da República e aos Governos Estaduais, bem como a todos os partidos políticos que pleiteiam postos no Legislativo. “O documento ficará pronto ainda no final de maio ou no começo de junho”, disse o dirigente da ANTP.


EXPOSIÇÃO

No ambiente do Seminário Nacional de Mobilidade Urbana - Desafios e Estratégias houve uma exposição de produtos e serviços com a participação das seguintes organizações: Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos - NTU; APB Prodata do Brasil, Logit Engenharia Consultiva, Editora Fama; Shell Brasil, Promobom – Autopass, Socicam AdminIstração, Projetos e Representações, Secretaria Municipal de Transporte de São Paulo - incluindo a CET-SP e a SPTrans, Novakoasin Equipamentos e Sistemas, Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro - FETRANSPOR; Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos – incluindo Metro-SP, CPTM e EMTU-SP, Tacom Projetos de Bilhetagem Inteligente, e Volvo do Brasil, de acordo com a responsável Valéria Aguiar.
Informativo ANTP

sábado, 15 de maio de 2010

Veja a discussão do Seminário Nacional de Mobilidade Urbana da ANTP

Se o transporte público da sua cidade tiver boa qualidade, você deixaria o carro em casa? É possível reverter seu fascínio pelo carro? Você já pensou como será o futuro das cidades e a vida das pessoas com tanto automóvel?

Essa mania parece irreversível. Somos viciados no automóvel e o governo se utiliza de vultosos recursos para universalizar o seu acesso. Bons sistemas de transporte público são essenciais para reduzir a dependência do automóvel, mas não são suficientes. É preciso também que os governos adotem medidas restritivas ao transporte individual motorizado, pois há um grave desequilíbrio entre os investimentos que toda a sociedade faz na infraestrutura rodoviária e o seu uso quase exclusivo por parte de quem anda de carro no dia a dia. É preciso taxar estacionamentos e fazer pedágios urbanos nos grandes centros, destinando os recursos arrecadados aos transportes públicos; acabar com isenções de impostos para compra de veículos; transformar os estacionamentos das vias públicas dos centros urbanos e corredores de circulação em calçadas acessíveis, faixas de ônibus; e investir permanentemente em metrôs, corredores de ônibus e VLTs (veículos leves sobre trilhos), utilizando o sistema viário existente.

Isso deve ser uma preocupação real, pois o espaço viário urbano não cresce na mesma proporção da frota de veículos, provocando um aumento dos congestionamentos e impactos diretos na qualidade de vida. Uma vez mantido as estimativas de crescimento de 2,5% da população urbana brasileira e 4% da frota de veículos da frota de veículos, se constata valores extremamente preocupantes, quando se parte do ano de 1995 quando a frota era de 25 milhões , e hoje 50 milhões , portanto um crescimento de 100% contra o da população no mesmo período de 60%, passando de 120 para 190 milhões.

Considerando essas cifras e tendo como base que os congestionamentos sobem geometricamente em relação ao crescimento da frota, em um quadro já crítico nas principais cidades brasileiras, percebe-se que o modelo de mais carro/mais sistema viário está esgotado, sendo impossível de ser suprido com os recursos do País. O caos que já se verifica atualmente em São Paulo (10 a 15 km/hora no pico) irá piorar significativamente e já está se espalhando pelas demais cidades brasileiras.

O setor de transportes urbanos tem, infelizmente, atuado de forma muito tímida, para não dizer conservadora, com relação ao seu mercado. Temos um setor que, com raríssimas exceções, parece conformar-se com a perspectiva de um transporte público sempre ruim e os governos municipais e estaduais na maior parte dos casos refratários a um trabalho que envolva o conjunto do setor (rodoviários, empresários, usuários, fabricantes) e ainda muito distantes de um trabalho que escute as demandas e expectativas da população através das pesquisas de opinião e dos serviços de atendimento aos usuários.

A expectativa é que no futuro possamos ver em nossas cidades sistemas integrados onde o usuário reduza seu tempo de viagem, sem ser penalizado com acréscimo de tempo de viagem, nos deslocamentos em pequenas distancias e no custo pago por ele para operar o sistema. Outra expectativa é que sejam qualificados os acessos a integração e aos equipamentos de integração entre automóveis, bicicletas e mesmo o pedestre que deve ter uma calçada decente para se locomover com paz e segurança.

Cristina Baddini Lucas, Especialista em Trânsito, Colunista do Diário do Grande ABC, Diretora do Instituto Rua Viva, Assessora do MDT

segunda-feira, 10 de maio de 2010

BNDES deu R$ 3,9 bilhões para o metrô de São Paulo

O pré-candidato do PT ao governo de São Paulo e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiram ontem à declaração do pré-candidato tucano Geraldo Alckmin de que a União não aplicou “nenhum centavo” no metrô de São Paulo. Segundo os petistas, o governo aprovou linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de R$ 3,9 bilhões para o transporte sobre trilhos em São Paulo. “Eu participei da aprovação na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, e o PSDB também. Não tem cabimento”, disse Mercadante em Limeira, no interior paulista. “Não acredito que o Alckmin tenha dito isso. Custo a crer. Até porque contra número não existe explicação”, disse Lula, em São Bernardo do Campo.

Alckmin disse que “o governo federal coloca dinheiro no metrô no Brasil inteiro, em seis ou sete capitais, e nenhum centavo em São Paulo”. Para o presidente, o tucano “falou isso equivocadamente”. “Se ele tivesse pedido, se o (José) Serra (pré-candidato à Presidência pelo PSDB) tivesse pedido para o governador as informações, ele saberia, porque não existe possibilidade de um Estado ter recebido menos dinheiro porque o governador pertence a esse ou àquele partido político”, afirmou Lula. “Não existe a menor hipótese, porque não é assim que nós trabalhamos.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Discussão do Projeto do Metrô Leve aconteceu hoje

O prefeito de São Bernardo do Campo e a Secretária Municipal de Transportes e Vias Públicas, Patricia Veras, estiveram nesta terça-feira (20/4) com o secretário de Transportes Metropolitanos do Governo do Estado de São Paulo, José Luiz Portella, e com o diretor de planejamento do Metrô, Marcos Kassab, discutindo sobre o cronograma de elaboração do projeto básico do Metrô Leve.

De acordo com Patrícia, a reunião de trabalho faz parte de uma série de encontros periódicos que a Administração mantém com o Governo do Estado a fim de acompanhar o andamento do projeto. "Tanto nós quanto o governo do Estado acreditamos que é possível cumprir o cronograma de ações previstas para a conclusão do projeto básico até o final deste ano", aponta.

A secretária também explica que a Prefeitura está finalizando o ajuste do projeto funcional. Já o Metrô está elaborando o edital para a contratação do projeto básico.

A iniciativa firmada entre a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e o Metrô de São Paulo, com a Prefeitura de São Bernardo e a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, permitirá integrar diretamente o município a São Paulo por meio de um transporte mais eficiente. No caso de São Bernardo, o indicado é o monotrilho suspenso.

A obra será executada pelo Governo do Estado e atenderá prioritariamente São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul.

Em dezembro do ano passado, foi liberado o repasse da ordem de R$ 27,6 milhões do Ministério das Cidades, do Governo Federal, para a conclusão do projeto básico que será contratado pelo Metrô de São Paulo, prevista para um prazo de um ano. Caberá ainda ao Metrô a elaboração dos estudos ambientais e os procedimentos de licenciamento junto à Secretaria Estadual de Meio Ambiente.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Governo de SP deixa de investir 1,3 bilhão no metrô

O governo do Estado de São Paulo deixou de investir R$ 1,3 bilhão na expansão da rede de metrô da capital paulista no ano passado. Ao todo, estava previsto um gasto de R$ 3,3 bilhões, mas foram aplicados R$ 2 bilhões. Segundo a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), não houve falta de recursos nas obras de expansão do sistema. A redução dos investimentos ocorreu principalmente pelo atraso na Linha 5-Lilás, cujas obras deveriam ter começado no início do ano passado, mas só foram iniciadas em agosto.

O trecho deixou de receber R$ 1 bilhão, o equivalente a 80% da verba prevista. Com isso, as Estações Adolfo Pinheiro e Brooklin-Campo Belo, que seriam inauguradas este ano, são prometidas agora só para 2011 pela empresa. O prolongamento prevê ampliação do ramal até a Chácara Klabin, interligando com a Linha 2-Verde e a Linha 1-Azul, na Estação Santa Cruz, até 2013.

Também houve atraso na Linha 4-Amarela, que recebeu investimento de R$ 699 milhões, 20% a menos do que estava estimado. As duas primeiras estações, Faria Lima e Paulista, deveriam ter entrado em operação em março, mas não foram abertas ao público. Já a Linha 6-Laranja não recebeu R$ 70 milhões que estavam no orçamento.

A Linha 2-Verde foi a única a receber toda a verba prevista. Do R$ 1,1 bilhão orçado, foi aplicado R$ 1,08 bilhão. Ainda assim, o cronograma atrasou. As Estações Tamanduateí e Vila Prudente deveriam ter sido inauguradas em março, mas a abertura foi adiada para junho. Já a extensão da linha até Cidade Tiradentes, por monotrilho, recebeu apenas R$ 50 milhões dos R$ 228 milhões reservados.

O Metrô afirmou, em nota, que as obras não podem ser tratadas de forma pontual e o cronograma pode variar "em aproximadamente cinco meses para mais e um para menos" sem que isso caracterize o descumprimento da entrega. A companhia informou ainda que o investimento no plano de expansão chegará a R$ 23 bilhões entre 2007 e 2011. (AE)