quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Bicicleta elétrica

Uma bicicleta elétrica desenvolvida pelo neozelandês Grant Ryan promete revolucionar os meios de transporte nas grandes cidades. Pequena, leve (pesa apenas 10 kg), portátil e simples de usar, a YikeBike quer se tornar uma alternativa aos carros e bicicletas tradicionais.

Apenas 30 minutos conectada em uma tomada comum é suficiente para garantir até 10 quilômetros de mobilidade nos grandes centros urbanos. Os usuários ainda podem dobrar a bike e levá-la dentro de ônibus, trens e metros sem problemas.

yikebike-02.jpgEla ainda pode ser guardada em casa, no escritório ou em qualquer espaço interno, já que quase não ocupa espaço. Isso garante aos ciclistas mais segurança para sua bicicleta, que não ficará exposta em garagens ou mesmo na rua.

Totalmente elétrica, ela não emite nenhum gás poluente na atmosfera e pode atingir 25km/h. Controles manuais de aceleração, frenagem e setas de sinalização aumentam a segurança e a comodidade dos ciclistas.

Design mais seguro

Apesar do formato estranho e da aparente vulnerabilidade dos usuários, seu criador garante que a YikeBike é mais segura que as bicicletas comuns.

Ele defende que, por estar sentado em vez de debruçado sobre o guidão, o ciclista fica mais visível aos outros motoristas e tem um campo de visão maior. A posição também seria mais confortável e menos prejudicial à coluna.

Os interessados já podem encomendar sua YikeBike no site da empresa. Os futuros compradores terão que desembolsar €100,00 para reservar a unidade e mais £ 2.995,00 pela bicicleta.

Por enquanto, a YikeBike estão sendo vendida apenas em alguns países da Europa, além da Nova Zelândia. Mas a promessa é expandir sua presença para outros países.

*Via EcoDesenvolvimento

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Acaba de ser lançado Manifesto pela Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro




Manifesto pela Redução de Mortes e Lesões no Trânsito – Uma Década de Ações para a Segurança Viária

Senhor(a) Candidato(a) à Presidência da República:

Nós, da Coordenação da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, em conjunto com a Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, representando os parlamentares que se interessam por este tema no Congresso Nacional, e que, portanto, defendem uma causa que transcende os interesses regionais e alcança - de forma geralmente violenta e dramática - todos os brasileiros, manifestam a Vossa Excelência a expectativa da própria Frente e de expressiva parcela da sociedade brasileira no que diz respeito à segurança da circulação viária e à qualidade do trânsito em nosso país.
O Brasil deu um passo importante com a sanção da Lei federal nº 11.705/2008, que estabelece que o limite de álcool no sangue do condutor de veículos automotores seja zero, incluindo penalizações severas para aqueles que não acatarem a lei.
A iniciativa brasileira recebeu elogios da Organização Panamericana de Saúde (OPAS): “Essa lei representa um modelo exitoso para ser seguido no restante das Américas, pois seu conteúdo pioneiro servirá como um padrão para a promoção da segurança viária e prevenção dos acidentes viários, particularmente entre os jovens”.
No entanto, ainda há muito por fazer. As estatísticas colocam nosso país como um dos cinco que mais matam no trânsito. Além disso, há um número sem precedentes de pessoas acidentadas que precisam de atendimento nos serviços de saúde (urgência e UTIs), com custos elevados para toda a sociedade. Embora os índices dessa tragédia cresçam sistematicamente, o problema não recebe a devida atenção das autoridades, sejam elas municipais, estaduais ou federais.
As justificativas que a sociedade está cansada de ouvir vão da falta de recursos materiais, humanos e tecnológicos adequados, passam pela dificuldade de se promover um amplo programa de conscientização nacional pelas dimensões continentais do país, chegando até à absurda afirmação de que é o preço que devemos pagar pela evolução tecnológica da motorização do deslocamento humano.
Mas, na verdade, o descaso é fruto da natureza pacífica e acomodada da sociedade que (quase) tudo tolera e suporta, como se inevitável fosse.
Mas se o Brasil mudou para melhor, se o povo está cada vez mais consciente e participativo, nosso trânsito também precisa mudar.
Assim, solicitamos seu compromisso formal assumindo com seriedade, determinação e absoluta dedicação o desafio de dar um basta na violência no trânsito de nosso país!
Por uma providencial e emblemática coincidência, 2011 marca o início do mandato do próximo presidente do Brasil e também o primeiro ano da DÉCADA DE AÇÕES PARA A SEGURANÇA VIÁRIA, que vai durar até o ano de 2020.
O compromisso formal que pedimos como ao candidato(a) é que, se eleito(a), assuma um pioneiro e histórico pacto pela vida no trânsito que pode ser resumidamente definido através dos seguintes pontos:
1. Implementar as seis recomendações do Relatório Mundial/2004 da Organização Mundial de Saúde sobre a prevenção da violência no trânsito.
2. Reforçar a liderança e orientação das autoridades em matéria de segurança viária, incluindo a criação e/ou o fortalecimento de uma estrutura de governo que atue na coordenação de todas as ações em defesa da vida no trânsito em todo o país.
3. Definir um Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito, com metas e programas que visem, de forma obstinada, perseguirmos objetivos claros e mensuráveis a fim de passarmos a contabilizar vidas salvas, ao invés de mortes nas nossas cidades e rodovias.
4. Aplicar os recursos arrecadados com multas de trânsito para financiar o Plano.
5. Envolver governos estaduais e municipais, especialistas, entidades não governamentais e a sociedade em geral para elencarmos ações prioritárias que envolvam campanhas educativas de trânsito permanentes.
6. Adotar recomendação da Organização Mundial de Saúde a fim de que, anualmente, um terço dos condutores sejam fiscalizados, especialmente através do teste do bafômetro.
7. Efetuar esforço especial para desenvolver e implementar políticas e soluções de infraestrutura para proteção dos usuários das vias de circulação, em particular os mais vulneráveis, como pedestres, ciclistas, motociclistas, usuários do transporte público e os dependentes como crianças, idosos e deficientes.
8. Criar sistemas mais seguros e sustentáveis de transporte, incentivando a utilização de meios alternativos de mobilidade.
9. Promover a harmonização das normas sobre segurança rodoviária e de veículos, adequando-as às práticas e instrumentos pertinentes da Organização das Nações Unidas e da série de manuais publicados pelo Grupo Colaborativo de Nações Unidas para a Segurança Rodoviária.
10. Reforçar e manter a aplicação da legislação existente e a consciência dela e, se necessário, melhorar a legislação e os sistemas de registro de veículos e de condutores sob normas internacionais adequadas.
11. Incentivar as organizações a contribuírem ativamente para melhorar a segurança viária no local de trabalho, incentivando a adoção de melhores práticas de gestão de frotas de veículos e de profissionais;
12. Promover a cooperação entre os organismos competentes das administrações públicas, organizações do sistema das Nações Unidas, setores público e privado e a sociedade civil;
13. Melhorar a coleta de dados nacional e a comparabilidade internacional, incluindo a adoção da definição do padrão de mortalidade causada pelo trânsito de qualquer pessoa que morre de imediato ou no prazo de 30 dias após um acidente de trânsito, e de definições padronizadas de lesão, e facilitar a cooperação internacional para o desenvolvimento de sistemas confiáveis de dados e harmonizados;
14. Fortalecer a atenção pré-hospitalar e hospitalar do trauma, os serviços de reabilitação e reinserção social, através da aplicação da legislação pertinente, desenvolvimento das capacidades humanas e a melhoria no acesso aos cuidados de saúde.
Portanto, Senhor(a) candidato(a):
Embora existam acanhadas intervenções isoladas que podem salvar vidas e prevenir a incapacidade, liderança, vontade e o compromisso político são essenciais e, sem eles, pouco se pode conseguir.
Este é o momento e a oportunidade para começar um novo governo pisando com o pé direito no acelerador da prevenção e, com o mesmo pé, o freio da violência do trânsito.
Assinam todos os parlamentares integrantes da Comissão de Viação e Transportes e também os demais que compõem a Frente Parlamentar Em Defesa do Trânsito Seguro.


postado por: Cristina Baddini Lucas

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Seminário apresenta sistema BRT como solução para mobilidade urbana


O evento, que tem como tema “Transporte de Qualidade para uma Vida Melhor”, acontece nos dias 17 e 18 de agosto, em Brasília A Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) apresentará no 23º Seminário Nacional NTU, que tem como tema “Transporte de Qualidade para uma Vida Melhor”, soluções para a mobilidade urbana focadas no bem-estar e na qualidade de vida da população. Um exemplo é o BRT (Bus Rapid Transport), um sistema de transporte eficiente e confortável, com características de desempenho e comodidade equivalentes aos modernos transportes sobre trilhos. Criado em Curitiba (PR), em 1974, o BRT é um sistema de transporte de ônibus, que circula em uma rede de canaletas exclusivas com atributos especiais, como múltiplas posições de paradas nas estações, embarque em nível, veículo articulado e com múltiplas portas, pagamento e controle fora do ônibus, bons espaços nas estações e sistema de informações aos usuários. O BRT requer tempo de implantação cerca de 2/3 menor em relação ao metrô e aproximadamente metade do necessário para o sistema VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) ou “bonde moderno”, o que o torna viável para a Copa de 2014. Esse sistema já opera em mais de 80 cidades em todos os continentes. “Com a Copa de 2014, além de necessário, o sistema BRT torna-se urgente, pois será uma das soluções para a mobilidade urbana nas cidades-sede. O transporte público urbano deve trazer melhorias para a população, além de ser deixado de legado à população local. O BRT garante benefícios duradouros para o maior número de cidadãos que dependem do transporte coletivo no País”, diz Marcos Bicalho dos Santos, diretor superintendente da NTU. O sistema também proporciona como benefícios a redução do tempo de viagem e da espera nos pontos de parada; mais conforto e menos impacto ambiental, pois utiliza combustíveis alternativos, além de revitalizar o espaço público, entre outras vantagens. Considerado o maior case mundial de sucesso de BRT, Bogotá, na Colômbia, teve a participação de diversos profissionais brasileiros em sua construção, além de ser operado com veículos produzidos no Brasil. Chamado de Transmilênio, o sistema engloba 84 quilômetros de corredores troncais e 420 quilômetros de linhas alimentadores. O sistema serve, diariamente, a 1,2 milhão de viagens. O governo federal brasileiro anunciou que, na primeira fase, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Mobilidade da Copa de 2014 destinará mais de R$ 4,5 bilhões a 20 projetos de BRT em nove das 12 cidades-sede da Copa de 2014. O sistema possui vantagem com relação aos custos e ao tempo de implantação e chega como uma alternativa às grandes cidades, podendo coexistir com os demais tipos de modais, inclusive o metrô.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Carbono negro aumenta efeito das mudanças climáticas


O crescimento das taxas do chamado carbono negro acelera o aquecimento global, segundo estudo desenvolvido pelo Instituto Scripps de Oceanografia de La Jolla, na Califórnia (EUA), e publicado na revista científica Nature. O levantamento mediu as concentrações de fuligem em diferentes pontos da China.
Segundo o estudo, os aerossóis de carbono negro absorvem a radiação solar, o que transforma o componente em um dos fatores que mais agravam o aquecimento global, atrás apenas do dióxido de carbono (CO2). O carbono negro é a fuligem proveniente da queima de biomassa, como lenha e carvão, e também de combustíveis fósseis.
Uma das conclusões do estudo é que a redução das emissões de carbono negro pode resultar na mitigação das mudanças climáticas em curto prazo, uma vez que tal substância permanece na atmosfera durante poucas semanas.
O carbono negro pode viajar longas distâncias pela atmosfera terrestre, em um percurso no qual se mistura com outros aerossóis, como nitratos e sulfatoss. Esta mistura origina colunas de nuvens marrons de 3 a 5 quilômetros de espessura que impedem que a radiação solar visível chegue à superfície terrestre, o que prejudica o ciclo do hidrogênio e aquece a atmosfera.
Trópicos
A maior concentração do carbono negro se dá nos trópicos, onde a radiação solar é maior. A deposição de carbono negro também pode escurecer a neve e o gelo, aumentando sua absorção do calor local e contribuindo com o derretimento das geleiras e os pólos, em particular do Círculo Polar Ártico e da Cordilheira do Himalaia.
A queima de biocombustíveis, de combustíveis fósseis e de biomassa é a principal fonte de emissão do carbono negro na atmosfera. As maiores concentrações são dos países em desenvolvimento situados nos trópicos e no Leste Asiático, especialmente grande parte do Brasil e do Peru, a Índia, o Leste da China, o Sudeste Asiático, o México e a América Central.

Via Ecodesenvolvimento

postado por: Cristina Baddini Lucas