sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Congestionamentos

Coluna Olho no transito
Diário do Grande ABC
A malha viária do ABC não comporta tantos veículos circulando e criando congestionamentos na Região. Somos responsáveis por 15% do total de viagens diárias realizadas em toda a metrópole de São Paulo e a contínua expansão da malha viária não é mais possível. Hoje em dia, as pessoas nos carros enfrentam congestionamentos seja qual for a alternativa de trajeto que escolherem. E assim a vida urbana vem perdendo qualidade a cada dia.
É fundamental que haja algum nível de gestão regional priorizando o transporte coletivo urbano e metropolitano, priorizando a modalidade de maior capacidade de transporte de pessoas, reduzindo o consumo de combustíveis, proporcionando melhor qualidade ambiental, reduzindo os acidentes e mortes no trânsito tudo isto com a priorização para o transporte coletivo. Neste sentido, o Grande ABC trabalha na implantação do Monotrilho e Trem Expresso ligando o ABC a São Paulo com bons resultados sob o aspecto da melhoria da qualidade de vida.
O desafio
Bons sistemas de transporte público são essenciais para reduzir a dependência do automóvel, mas não são suficientes. É preciso também que os governos adotem medidas restritivas ao transporte individual motorizado, pois há um grave desequilíbrio entre os investimentos que toda a sociedade faz na infraestrutura rodoviária e o seu uso quase exclusivo por parte de quem anda de carro no dia a dia. É preciso taxar estacionamentos e fazer pedágios urbanos nos grandes centros, destinando os recursos arrecadados aos transportes públicos.

Operação Compartilhada

O Grupo de Trabalho de Mobilidade Urbana do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC fez um plano emergencial para o trânsito da região chamado “Operação Compartilhada”, que foi aprovada pelos Prefeitos da Região e anunciada pelo Presidente do Consórcio Mário Realli. A Operação Compartilhada estipula ainda a integração dos agentes de trânsito do ABC, o fim das vagas de estacionamento das ruas dos três eixos prioritários escolhidos pelo alto nível dos congestionamentos.

ABC proíbe caminhões nos horários de pico
Conforme o último levantamento do Departamento Nacional de Trânsito, realizado em setembro, a região possui 1.413.085 veículos. Destes, 1.065.983 são compostos por veículos leves e 71.951 são pesados. Alguns especialistas criticaram estas medidas, mas primeiramente elas não podem ser analisadas isoladamente e em segundo lugar, não se compara diretamente número de automóveis com caminhões. Sabemos que a circulação de caminhões é muito mais lenta e o espaço na via que um caminhão ocupa é três vezes maior que o de um automóvel. Além do mais, a região do Grande ABC é industrial e a circulação de caminhões se dá muito além da logística de distribuição de cargas para o comércio, mas também pela saída das mercadorias e automóveis das indústrias do ABC. Um caminhão que se acidenta , se quebra ou uma carreta que se enrosca já é o suficiente para paralisar uma ou mais cidades da região. Saliento que uma medida que otimize esta distribuição e uma melhoria no trânsito venha a beneficiar o comércio e a indústria local. Vocês concordam que de nada adianta um caminhão carregado ficar parado no congestionamento. Acredito que a infraestrutura urbana que fica ociosa no entrepico e principalmente a noite pode atender com bastante eficiência a carga que se desloca nas cidades.
Parabéns
Foi um passo importante para a solução de problemas de circulação enfrentados pelas cidades.Os prefeitos estão tendo vontade política para empunhar a bandeira de usar os espaços urbanos da melhor maneira possível em prol da população. Espero que o Consórcio seja um viabilizador de ações conjuntas para a segurança no trânsito e melhoria da vida de quem vive e circula pelo ABC.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Região proíbe caminhão em 40 km de corredores

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
A circulação de caminhões pelas principais vias da região será proibida a partir do próximo mês. Com o objetivo de melhorar a fluidez no sistema viário, a medida faz parte de conjunto de propostas apresentadas pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e aprovadas pelas sete prefeituras em assembleia realizada na manhã de ontem. Ao todo, as proibições atingirão quase 40 quilômetros de corredores, divididos em 20 avenidas.
As restrições serão aplicadas nos horários de pico em três eixos prioritários definidos pelo Consórcio. O primeiro representa a ligação entre Ribeirão Pires e São Caetano e engloba as avenidas Humberto de Campos, Capitão João, Perimetral, Dom Pedro II e Goiás, entre outras. O segundo eixo, que liga Santo André a Diadema, contempla as avenidas Fábio Eduardo Ramos Esquível. Piraporinha, Lucas Nogueira Garcez e Pereira Barreto. O último corredor liga São Bernardo a São Caetano e é composto pelas avenidas Lauro Gomes, Dr. Rudge Ramos, Taboão e Guido Aliberti, além da Estrada das Lágrimas.
Pela manhã, veículos de carga serão proibidos nos trechos citados entre 6h30 e 9h. No fim do dia, a restrição valerá das 16h às 20h.
Mesmo com a nova regra entrando em vigor em dezembro, os motoristas infratores só começarão a ser autuados a partir de fevereiro. Nesse período, serão feitas campanhas de divulgação e orientação aos caminhoneiros. Atualmente, Diadema proíbe a circulação de caminhões no Centro e no bairro Eldorado.
"Os trechos escolhidos são os que consideramos mais importantes e percorrem os diversos municípios", explica o presidente do Consórcio, Mário Reali (PT), que é prefeito de Diadema. As avenidas dos Estados e Lions foram excluídas por estarem passando por intervenções pesadas.
Além dessa medida, o Consórcio deverá iniciar no dia 21 o monitoramento integrado nos três eixos selecionados. "Será operação integrada, com o objetivo de termos resposta mais rápida em casos de acidente ou bloqueio em alguma avenida", explica Reali. A operação será feita pelos departamentos de Trânsito das prefeituras, que se comunicarão via rádio. O presidente informa que pretende solicitar aos municípios a revisão nos tempos de semáforos nas proximidades das divisas.
PLANO
No dia 16 de dezembro, o Consórcio deve assinar convênio para elaboração do Plano Regional de Mobilidade, em parceria com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico. Orçado em R$ 1 milhão, o plano visa traçar modificações estratégicas no sistema viário da região, além de sugerir mudanças no itinerário de linhas de ônibus municipais e intermunicipais.
Estacionamentos também serão vetados

A extinção das vagas de estacionamento nos três principais eixos viários da região também faz parte do conjunto de propostas do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC para diminuir os congestionamentos. A proibição será aplicada durante todo o dia e começará a ser fiscalizada em fevereiro.
Entre as 20 avenidas que compõem os corredores, são poucas as que ainda oferecem vagas nas laterais das vias. Entre elas estão trechos da Capitão João, em Mauá, Goiás, em São Caetano, e Fábio Eduardo Ramos Esquível, em Diadema. O Consórcio não tem a relação de quantas vagas terão de ser suprimidas ao todo.
“Quando se segrega uma via para o estacionamento a gente prioriza o transporte individual e dificulta o restante”, comenta a coordenadora do Grupo de Trabalho de Mobilidade do Consórcio, Andrea Brisida. A especialista garante que não será implementado sistema de Zona Azul em substituição às vagas retiradas.
Outra medida anunciada pela entidade é a de liberar o corredor ABD – utilizado pelos trólebus – para a circulação de veículos convencionais em caso de emergências. O presidente do Consórcio, Mário Reali (PT), pretende enviar em breve ofício para a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – que gerencia a pista exclusiva – para falar sobre a proposta e discutir a viabilidade.
O petista também pretende negociar com a concessionária Ecovias a execução de operações para melhorar o tráfego nas alças do Km 14, Km 16 e Km 18 da Rodovia Anchieta. Os trevos funcionam como acesso para os bairros Rudge Ramos, Paulicéia e Planalto, respectivamente.