sexta-feira, 21 de setembro de 2012

São Caetano e as atividades do Dia Mundial Sem Carro




A cidade de São Caetano participará, neste sábado (22/9), das atividades do "Dia Mundial Sem Carro", ação global de conscientização para um trânsito mais saudável.

O objetivo principal das atividades da Prefeitura de São Caetano no dia 22  é estimular a reflexão sobre o uso excessivo do automóvel como meio de locomoção e os impactos gerados, sobretudo, nos grandes centros urbanos.

Além disso, a ideia é estimular as pessoas a experimentar, pelo menos nesse dia, formas alternativas de mobilidade, descobrindo que é possível se locomover – a pé, de ônibus, de metrô, de bonde, de trem, de bicicleta – e vivenciar de perto a cidade onde vivem.
 
Entre as atividades está a interdição parcial da Avenida  Kennedy no bairro Olímpico, das 9h às 14h. No local ocorrerão atividades educativas e lúdicas a respeito do combate à poluição do ar e preservação do meio ambiente, com a presença de artista plástico e distribuição de mudas de plantas.

Ainda na Av. Kennedy, estaremos fazendo uma intervenção urbana intitulada  "Vaga Verde". Com um tapete estilizado como gramado, ações conjuntas intersetoriais das pastas da Prefeitura irão difundir e sensibilizar para a questão do combate à poluição e emissão excessiva de gases tóxicos pelos automóveis e incentivo ao uso da bicicleta.

Também  estão rodando Bunners com menção ao Dia Sem Carro nos ônibus urbanos da Empresa VIPE.
 
Queremos sensibilizar as pessoas para que elas se comprometam em não usar o carro todo dia contribuindo para a diminuição da quantidade de gases poluentes emitidos pelos veículos.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Paulistano troca segundo carro por bicicleta elétrica

É cada dia mais comum topar com uma bicicleta elétrica nas ruas de São Paulo - elas começaram a virar uma opção ao segundo carro das famílias. Economia de tempo e dinheiro estão entre os motivos de quem decidiu fazer o trajeto entre a casa e o trabalho com menos esforço do que em uma bike comum. E sem queimar combustível. O único receio ainda é o trânsito violento da capital.

Um pequeno motor elétrico e um pouco de disposição fizeram o compositor Fabio Góes, de 36 anos, deixar o carro com a mulher no início do ano e encarar em uma bicicleta as ladeiras da Vila Madalena, na zona oeste, para chegar ao trabalho, no mesmo bairro. "Com uma bike comum, teria de tomar banho e trocar de roupa. Criaria um incômodo que poderia me fazer desistir em pouco tempo", diz. "Por isso, optei pela bike elétrica."

Góes notou também que o tempo de casa ao trabalho diminuiu. "De carro, demorava 20 minutos, por causa das voltas e do trânsito. Com a bike, faço outro caminho e gasto cinco minutos." O automóvel ficou para os passeios de fim de semana com a mulher e os filhos. Mas o trânsito assusta os parentes de quem pedala entre carros, ônibus e motos. A bicicleta deixa o condutor mais exposto do que um veículo fechado. "Os mais velhos mostram um medo maior de que aconteça algo comigo. Perguntam se uso capacete, se tomo cuidado", reconhece o compositor.

Como Góes, o dentista Filipe Valente, de 42 anos, também deixou o carro com a mulher e comprou uma bike elétrica há um mês. "Ela até já está pensando em comprar uma", conta. Valente leva 20 minutos de Perdizes, na zona oeste, até o Itaim-Bibi, na sul, onde trabalha. "Às vezes, ficava até 40 minutos só para atravessar a (Rua Doutor) Renato Paes de Barro. Faço esse trecho agora em cinco minutos", conta, satisfeito.
Ele destaca como pontos positivos a economia com estacionamento e impostos: pode-se deixar o equipamento - isento de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) - preso a postes, por exemplo.

O dentista diz que não faz exercícios há seis anos. Assim, o motor serviu para compensar a sua falta de preparo físico. Na maioria dos casos, as bicicletas elétricas têm "pedal assistido". Ou seja, o usuário precisa apenas pedalar para acionar o mecanismo que dá impulso para atingir a velocidade desejada ou ajuda a subir uma ladeira, por exemplo.

Veloz

A autonomia fica em torno de 30 km a 40 km por carga (na tomada mesmo) de 4h a 8h. E a velocidade, próxima dos 30 km/h, varia de acordo com o terreno e o peso do condutor. Potência, autonomia e durabilidade influenciam no preço das bikes elétricas, que vai de R$ 2 mil a R$ 12 mil. Mas, atenção: elas pesam, em média, o dobro de uma bicicleta comum, que tem em torno de 12 kg.

O tipo de bateria é um dos fatores que podem elevar o custo. As de lítio, que vêm sendo cada vez mais usadas, são as mais caras. Pesam, porém, até cinco vezes menos do que as de chumbo. A vida útil desse componente gira em torno de dois a três anos, algo que deve ser considerado no custo final: a bateria nova, de lítio, sai entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil. Recarregar diariamente implica ao ciclista um acréscimo de R$ 30 a R$ 40 na conta de energia no fim do mês.

De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), estima-se entre 15 mil e 20 mil bikes desse tipo no Brasil. Segundo o presidente da ABVE, Pietro Erber, o que encarece a bike elétrica é o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de cerca de 35% (nas bicicletas comuns, é de 12%). "Potencialmente, poderíamos chegar a ter 50 mil bicicletas de imediato. Na China, há dois anos, vendiam mais de 11 milhões por ano".
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

SP: trânsito é considerado ruim ou péssimo por 8 em cada 10 cidadãos

Pesquisa feita pela Rede Nossa São Paulo, em conjunto com o Ibope, revelou que o trânsito na cidade de São Paulo é considerado ruim ou péssimo por oito em cada dez cidadãos. De acordo com entrevistas feitas com 805 moradores da cidade, o trânsito está entre as quatro áreas mais problemáticas do município, citado por um terço das pessoas. Os resultados do estudo foram divulgados nesta segunda-feira, como parte das atividades da Semana da Mobilidade, que vai de 16 a 22 de setembro.
A pesquisa apontou ainda que mais de dois milhões de paulistanos utilizam o carro todos os dias, ou quase todos os dias, para se locomover. Contudo, 65% dos entrevistados disseram que deixariam o carro caso tivessem opção de transporte adequado. Oito entre dez consultados apontaram a necessidade de investimento no transporte público.
A medida necessária mais citada para reduzir o uso de automóvel foi a construção e ampliação das linhas de metrô. Todavia, houve crescimento do número de pessoas que citam os corredores de ônibus como uma solução de 34%, em 2011, para 41% em 2012.
Segundo a pesquisa, os cidadãos paulistanos gastam, em média, cerca de duas horas e meia em seus deslocamentos diários, seja qual for o tipo de transporte utilizado. Na zona sul, área mais populosa da cidade, 39% dos moradores citam o trânsito como maior problema urbano. A média de tempo para deslocamento nessa região também chega a duas horas e meia.
Os dados mostram que os problemas relacionados ao trânsito são sentidos principalmente pelos que utilizam o carro como meio de transporte diário. Entre os entrevistados, 40% citam o trânsito como maior problema da cidade. Já entre os que não usam o veículo diariamente, esse valor fica em 30%.
Além disso, o número de pessoas que usam o carro quase todos os dias diminuiu de 13% em 2011 para 9% em 2012. Na zona norte, os entrevistados são os que menos usam o carro, caindo de 29% para 18%. Na zona leste a redução foi de 27% para 21%.
A maioria da população desaprova medidas polêmicas para a melhoria do trânsito. No caso de pedágio urbano, só 17% são a favor. Entre os motoristas habituais essa porcentagem baixa para 13%. Já o rodízio de veículos no centro, expandido em dois dias da semana, é bem aceito por 37% das pessoas. A ampliação das ciclovias é aprovada por 88% dos moradores e 91% dos motoristas habituais.
A percepção da população de que a faixa de pedestres tem sido mais respeitada pelos motoristas aumentou de 26% para 47%. Mas a pesquisa descobriu que os cidadãos não estão contentes com a sinalização para pedestres, fazendo a nota cair de 4,7 para 2,8. A localização das faixas recebeu nota 4,5, e o tempo de travessia teve notas passando de 4,6 para 4.
Com relação à poluição na cidade, a do ar é citada como a mais importante por sete em cada dez moradores, e apontada como o problema mais grave por 78% dos entrevistados. Os caminhões são colocados como os vilões da poluição em São Paulo por 44% das pessoas. Os veículos velhos foram apontados por 34% das pessoas consultadas.
O estudo revelou também que a satisfação do paulistano com a qualidade de vida na cidade caiu de 62% em 2011 para 59% em 2012. A saúde continua sendo avaliada como a área com mais problemas (69%). Em seguida, aparece a segurança pública (45%) e a educação (43%).