quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Jurandir Fernades diz que São Paulo vai andar


O engenheiro Jurandir Fernandes, novo secretário dos Transportes Metropolitanos assumiu ontem a STM em cerimônia bastante concorrida na rua Boa Vista.

Em seu discurso de posse enfatizou que o paulistano terá que esperar pelo menos mais seis meses para receber as próximas estações de metrô -Butantã e Pinheiros, da linha 4-amarela. Elas serão inauguradas na metade do ano.

E a conclusão da primeira fase dessa linha, que terá ainda as estações República e Luz, apenas no final de 2011.

A linha 4 é a primeira gerida pela iniciativa privada. Foi preparada e licitada na gestão anterior de Alckmin.

Em maio passado, um trecho de 3,6 km, com as estações Faria Lima e Paulista, foi inaugurado -mas continua restrito, das 9h às 15h.

A ampliação do horário de operação dessa linha e das novas estações da 2-verde (Tamanduateí e Vila Prudente) será neste semestre.

O secretário prometeu continuar projetos da gestão anterior (como os monotrilhos da linha 2-verde, até Cidade Tiradentes, e 17-ouro, do Morumbi, além da linha 6-laranja e a segunda etapa da 4), mesmo sem a garantia de entrega em até quatro anos.

Mas também sinalizou a retomada de participação privada em linhas do metrô, começando pelo prolongamento da 5-lilás (do Largo Treze até Chácara Klabin), cuja licitação suspeita tende a ser anulada pelo governo.

Se isso for confirmado, a nova deve ser por meio de Parceria Público-Privada. Mas a entrega até 2014, ano de Copa, está comprometida.

"Quem sabe se for PPP faz uma bela economia e já começa outra linha, como a de Guarulhos ou estica a 9 da CPTM até Varginha", disse.

Ele citou os projetos das linhas 13 (trem normal, e não direcionado a Cumbica) e 14 (Expresso Aeroporto). Mas a nova gestão pode priorizar o primeiro caso haja avanço do trem-bala da União.

Finalizou o discurso de posse salientando que também vai cuidar do sistema viário de interesse metropolitano e das calçadas, sem esquecer o transporte não motorizado.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Feliz Ano Novo

Mais um ano chegou ao fim e é comum todos fazermos um balanço das nossas ações e realizações. Este é realmente um período de reflexão em que renovamos as esperanças e listamos o que queremos mudar no ano que inicia. A violência nas grandes cidades é sentida, majoritariamente, como o maior problema contemporâneo. Por conta disto, gostaria de fazer uma proposta a todos os cidadãos, em especial aos motoristas, para que no ano novo, incluam entre suas metas a adoção de um comportamento mais consciente e de mais respeito nos seus deslocamentos.

O trânsito violento interfere no tecido social, prejudica as relações sociais e contribui para o quadro da perda da qualidade de vida. Privilégios na circulação precisam ser alterados dentro de uma concepção que não exclua as pessoas. O automóvel, que ocupa 60% do espaço disponível para a circulação nas cidades, transporta somente cerca de 20% da população. Há uma apropriação privada do espaço construído para o coletivo.

Sem contar que a cada ano, mais de 30 mil pessoas morrem em acidentes de trânsito. Esse número só diminuirá quando houver uma mudança de comportamento por parte dos motoristas. Além de ações e campanhas educativas permanentes, de uma fiscalização mais eficiente e rigorosa, é importante convocar toda a sociedade a assumir sua responsabilidade com vistas à redução e prevenção de acidentes, assim como está previsto pela OMS – Organização Mundial de Saúde a redução de 50% dos acidentes de 2011 a 2020 em todo o mundo.

Comigo não

No imaginário geral, a tendência é sempre achar que “não vai acontecer comigo”. Mas acontece. O trânsito não escolhe vítimas. Não escolhe classe social. Não diferencia pobres e ricos. Todos estão sujeitos a sofrer um acidente de trânsito.

Essa mudança de comportamento tão necessária, não é fácil de ser conquistada. ela só virá com investimentos em educação de trânsito. E por que não se falar também em reeducação daqueles que usual e habitualmente infringem as regras impunemente.

Fiscalização


Aliado à educação, é preciso haver fiscalização. Sem ela, é difícil mudar comportamento, é difícil mudar uma cultura de desrespeito tão arraigada. As ações decorrentes da reformulação da lei que pune o motorista que bebe e dirige e que ficou conhecida como lei seca, trouxe números bastante expressivos de redução das vítimas de trânsito. É necessário continuar com o mesmo ímpeto inicial de fiscalizar e punir motoristas que insistem em dirigir depois de beber.

A fiscalização eletrônica tem também um papel importante para essa mudança de comportamento. Ao monitorar o trânsito 24 horas por dia, os equipamentos de fiscalização eletrônica obrigam os motoristas a respeitarem os limites de velocidade. Ao atender a velocidade regulamentada, o motorista contribui para a diminuição dos acidentes e começa a compreender a importância de se respeitar a sinalização e não o equipamento.

Democratizar o uso do espaço urbano

Exige das autoridades eleitas este ano uma nova postura, uma atitude mais firme em defesa da vida e do meio ambiente. O trânsito seguro é um direito do cidadão e um dever do estado. Portanto, a segurança no trânsito é uma política pública de responsabilidade dos municípios, estados e União mas, aproveite o final de ano para refletir sobre o seu comportamento no trânsito e entre em 2011 com uma verdadeira proposta de mudança.

Um maravilhoso ano para você!