São Paulo tem o sexto trajeto mais penoso entre casa e trabalho, atrás de locais como Pequim e Cidade do México.
As informações são de um estudo global da IBM que analisou os problemas enfrentados pelos cidadãos devido aos congestionamentos nas grandes cidades.
A pesquisa foi feita em maio deste ano em 20 cidades de cinco continentes e entrevistou 8.192 motoristas. O objetivo era analisar as diferenças regionais em dois quesitos: tempo de viagem e tempo preso no trânsito. Os entrevistados também deveriam concordar ou não com outras oito afirmações propostas: o preço da gasolina já está muito alto, o trânsito piorou, o tráfego que anda e para é um problema, dirigir causa estresse, dirigir causa irritação, o trânsito afeta o trabalho, o trânsito é tão ruim que as pessoas param de dirigir e se a pessoa decidiu não fazer viagens devido ao trânsito.
Para 67% das pessoas, o trânsito piorou nos últimos três anos, sendo que 18% acreditam que a situação piorou muito. Pequim e Cidade do México têm as viagens para o trabalho mais desconfortáveis, enquanto São Paulo tem o sexto trajeto mais penoso entre casa e trabalho. Moscou tem congestionamentos de até três horas.
No geral, 57% de todos os entrevistados dizem que o trânsito tem efeitos negativos para sua saúde. Em Nova Délhi, este número chega a 96%; em Pequim, 95%. Já 29% dos entrevistados afirmam que o trânsito afetou negativamente seu desempenho no trabalho ou na escola.
Estocolmo se destacou porque apenas 14% dos motoristas entrevistados disseram que o trânsito nas ruas afetou negativamente seu desempenho.
A IBM compilou os resultados da pesquisa em um índice que avalia o custo econômico e emocional das viagens entre casa e trabalho dentro de cada cidade em uma escala de um a 100, sendo 100 o custo máximo.
As cidades tiveram as seguintes pontuações: Beijing: 99, Cidade do México: 99, Johannesburgo: 97, Moscou: 84, Nova Delhi: 81, São Paulo: 75, Milão: 52, Buenos Aires: 50, Madri: 48, Londres: 36, Paris: 36, Toronto: 32, Amsterdã: 25, Los Angeles: 25, Berlim: 24, Montreal: 23, Nova Iorque: 19, Houston: 17, Melbourne: 17, Estocolmo: 15.
São Paulo
Na capital paulista, 61% dos entrevistados afirmam que o tráfego piorou nos últimos anos. A pesquisa revela que 32% dos condutores mudou o local eaforma de trabalhar devido à recessão: 21% estão adotando esquemas de transporte solidário e 15% estão trabalhando mais em casa. Já 60% dos motoristas (a quarta porcentagem mais alta dentre as 20 cidades) trabalham pelo menos um dia por semana em casa, e 16% trabalham os cinco dias em esquema home Office.
Em São Paulo também:
• 73% dos motoristas disseram que o tráfego urbano afetou negativamente a saúde. 55%, tiveram aumento de estresse, o segundo índice mais alto entre todas as cidades, atrás apenas da Cidade do México, com 56%.
• 38% disseram que o tráfego afetou negativamente seu desempenho no trabalho/escola.
• 45% disseram que houve uma ocasião nos últimos três anos em que o tráfego estava tão ruim que eles deram meia-volta e retornaram para casa.
• 47% disseram que decidiram não fazer uma viagem no último mês devido ao tráfego previsto. As viagens mais canceladas foram as de lazer (44%).
EcoPlanet
postado por: Cristina Baddini Lucas