quinta-feira, 23 de maio de 2013

PIS/Cofins sobre tarifas de transportes é zerado

O Governo Federal decidiu isentar do PIS/COFINS as tarifas de transportes públicos, incluindo ônibus urbanos, ônibus metropolitanos, trólebus, trens e metrô.

O objetivo do Ministério da Fazenda é minimizar os impactos da inflação gerados pelos próximos aumentos das passagens, em especial na cidade de São Paulo, região Metropolitana de São Paulo e Rio de Janeiro, que congelaram até junho as tarifas a pedido do ministro da Fazenda Guido Mantega.

Na Capital Paulista, os ônibus vão ter tarifas de R$ 3,20 a partir de 2 de junho e na mesma data, trens e metrô também vão ter passagens de R$ 3,20. Trólebus da Metra, no Corredor ABD, ônibus intermunicipais da EMTU e vans da RTO vão ter passagens também reajustadas em 6,67%

O PIS/COFINS sobre as tarifas chegam a 3,65%.

A medida foi decisiva para a definição do valor na Capital Paulista, cujo reajuste ficou abaixo da inflação acumulada.
Com valor de R$ 3,20, São Paulo ainda tem tarifas mais baixas que 13 cidades da Grande São Paulo, incluindo do ABC Paulista, onde em 5 cidades, as passagens são de R$ 3,30.
Em São Paulo, há integrações entre trens, metrô e ônibus, com o Bilhete Único Convencional é possível usar em 3 horas 4 ônibus, e existem linhas com mais de 64 quilômetros de extensão entre ida e volta. Deve entrar em vigor este ano, o Bilhete Único Mensal.

No ABC Paulista, as integrações são bem mais restritas, assim como as linhas de ônibus. Em Mauá e em São Caetano, por exemplo, cujas tarifas municipais são de R$ 3,30, existem linhas de somente 5 quilômetros de extensão.

Em contrapartida, os subsídios em São Paulo serão de R$ 1,25 bilhão. No entender da prefeitura, o subsídio garante viabilidade econômica ao sistema, evita que as tarifas subam muito e é uma forma de toda a sociedade contribuir com os transportes que não beneficiam apenas aos passageiros, mas a todos pelo fato de ajudar a diminuir o trânsito, a poluição e permitir acesso ao trabalho da mão de obra na cidade e acesso a serviços básicos como de educação e saúde. Além disso, pode contribuir com as gratuidades, segundo o poder público e o evitar que o custo do sistema recaia somente sobre o passageiro pagante.

Adamo Bazani




terça-feira, 21 de maio de 2013

O custo do trânsito

Persistir nas políticas públicas que priorizam o transporte individual não só prejudica a qualidade de vida dos cidadãos, mas do ponto de vista econômico não é nada inteligente.
O que parece óbvio foi demonstrado em números por um estudo da Fundação Getúlio Vargas. Os dados são impressionantes e mostram que se o poder público, em suas diversas esferas, não priorizar os transportes coletivos, os cidadãos continuarão, pelos motores de seus carros, a literalmente queimar dinheiro.
Por ano, o trânsito para os cidadãos, de acordo com o estudo divulgado nesta semana, custa somente na cidade de São Paulo: entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões. Dinheiro que poderia ser usado para a qualidade de vida das pessoas.
E quem usa somente carro em nome de um conforto e de uma rapidez que são cada vez menores, paga muito caro por isso.
Com o trânsito complicado, o consumo de combustível cresce gradativamente para se percorrer a mesma quilometragem.
Segundo a estimativa da FGV – Fundação Getúlio Vargas, cada paulistano gastou R$ 2 mil 670 com gasolina no ano, isso sem levar em consideração os impostos e custos de manutenção e estacionamento do carro.
De acordo com os especialistas, deste total de combustível, praticamente um terço, R$ 930, foi desperdiçado nos congestionamentos. É combustível queimado com carros parados ou em baixa velocidade.
E quanto mais combustível queimado, mais poluentes lançados na atmosfera.
O estudo mostra que só por causa da poluição gerada pelos congestionamentos dos automóveis, o cidadão paulistano em média gasta R$ 88 por mês, seja em tratamentos médicos, remédios simples para dores de cabeça que não necessitam de prescrição médica, fora os casos de acompanhamento de doenças mais graves.
O estudo mostra a necessidade de investimentos em transportes públicos de maneira urgente. Enquanto se planeja grandes redes de metrôs e trens, que são necessárias, ações com resultados satisfatórios por longo prazo e mais rápidas devem ser tomadas, como criação de corredores de ônibus de alta e média capacidade e faixas exclusivas onde não há estrutura para obras.
Se o transporte coletivo for mais rápido e mais confortável, as pessoas vão sentir estimuladas a usá-lo. Com isso, o espaço urbano vai ser aproveitado de melhor maneira (ônibus, trem e metrô poupam área urbana) e a qualidade de vida será ampliada.
Ao substituir de uma só vez de 40 a 80 carros de passeio, os ônibus já trazem vantagens ambientais.
Quando o ônibus segue em corredores, desenvolvendo uma velocidade maior e estando livre do para e anda dos congestionamentos com melhor desempenho da máquina, ele gasta menos combustível, o que reduz a poluição e os custos de operação, podendo refletir no valor das passagens.
Se os ônibus forem movidos por combustíveis e formas de tração limpas, as vantagens são maiores ainda, tanto econômicas como ambientais. É o exemplo dos veículos elétrico-híbridos, dos trólebus, que hoje são cada vez mais modernos, e ônibus a etanol, células de hidrogênio e a biodiesel.
Adamo Bazani

segunda-feira, 20 de maio de 2013

São Paulo perde entre R$ 30 e R$ 40 bilhões por ano por causa do trânsito

Persistir nas políticas públicas que priorizam o transporte individual não só prejudica a qualidade de vida dos cidadãos, mas do ponto de vista econômico não é nada inteligente.
O que parece óbvio foi demonstrado em números por um estudo da Fundação Getúlio Vargas. Os dados são impressionantes e mostram que se o poder público, em suas diversas esferas, não priorizar os transportes coletivos, os cidadãos continuarão, pelos motores de seus carros, a literalmente queimar dinheiro.
Por ano, o trânsito para os cidadãos, de acordo com o estudo divulgado nesta semana, custa somente na cidade de São Paulo: entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões. Dinheiro que poderia ser usado para a qualidade de vida das pessoas.
E quem usa somente carro em nome de um conforto e de uma rapidez que são cada vez menores, paga muito caro por isso.
Com o trânsito complicado, o consumo de combustível cresce gradativamente para se percorrer a mesma quilometragem.
Segundo a estimativa da FGV – Fundação Getúlio Vargas, cada paulistano gastou R$ 2 mil 670 com gasolina no ano, isso sem levar em consideração os impostos e custos de manutenção e estacionamento do carro.
De acordo com os especialistas, deste total de combustível, praticamente um terço, R$ 930, foi desperdiçado nos congestionamentos. É combustível queimado com carros parados ou em baixa velocidade.
E quanto mais combustível queimado, mais poluentes lançados na atmosfera.
O estudo mostra que só por causa da poluição gerada pelos congestionamentos dos automóveis, o cidadão paulistano em média gasta R$ 88 por mês, seja em tratamentos médicos, remédios simples para dores de cabeça que não necessitam de prescrição médica, fora os casos de acompanhamento de doenças mais graves.
O estudo mostra a necessidade de investimentos em transportes públicos de maneira urgente. Enquanto se planeja grandes redes de metrôs e trens, que são necessárias, ações com resultados satisfatórios por longo prazo e mais rápidas devem ser tomadas, como criação de corredores de ônibus de alta e média capacidade e faixas exclusivas onde não há estrutura para obras.
Se o transporte coletivo for mais rápido e mais confortável, as pessoas vão sentir estimuladas a usá-lo. Com isso, o espaço urbano vai ser aproveitado de melhor maneira (ônibus, trem e metrô poupam área urbana) e a qualidade de vida será ampliada.
Ao substituir de uma só vez de 40 a 80 carros de passeio, os ônibus já trazem vantagens ambientais.
Quando o ônibus segue em corredores, desenvolvendo uma velocidade maior e estando livre do para e anda dos congestionamentos com melhor desempenho da máquina, ele gasta menos combustível, o que reduz a poluição e os custos de operação, podendo refletir no valor das passagens.
Se os ônibus forem movidos por combustíveis e formas de tração limpas, as vantagens são maiores ainda, tanto econômicas como ambientais. É o exemplo dos veículos elétrico-híbridos, dos trólebus, que hoje são cada vez mais modernos, e ônibus a etanol, células de hidrogênio e a biodiesel.
Adamo Bazani