sexta-feira, 23 de julho de 2010

Inscrições abertas para o Prêmio Denatran

Estão abertas as inscrições para a 10ª edição do Prêmio Denatran de Educação no Trânsito que elege anualmente os melhores trabalhos produzidos sobre o tema Trânsito. O concurso, promovido pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), tem o objetivo de incentivar diversos setores da sociedade a refletirem sobre aspectos relativos à segurança, ao respeito e a cidadania no trânsito. Para participar o interessado deve fazer a inscrição na página eletrônica do Denatran até 31 de agosto. Após a confirmação dos dados, o candidato deverá encaminhar o trabalho, juntamente com a ficha de identificação gerada no ato da inscrição, para o endereço do Denatran. Os trabalhos enviados deverão seguir os critérios de cada categoria especificada no edital. Este ano as categorias são divididas em Pré-escola, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial, Educador, Educação no Trânsito, Obra Técnica e Cidadania. Além da premiação, que varia de R$ 2 mil a R$ 8 mil, a depender da categoria e do lugar de colocação, o vencedor receberá um certificado. O resultado do Prêmio será divulgado no dia 12 de novembro por meio sítio do Denatran http://www.denatran.gov.br. Os premiados também serão informados via e-mail, fax ou telefone. Em 2009 foram premiados 29 trabalhos produzidos por representantes de Alagoas, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, São Paulo, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

postado por Cristina Baddini Lucas

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Lançado carregador de celulares que usa energia de bicicletas





Que tal carregar o seu celular enquanto pedala em sua bicicleta? Essa é a proposta deste aparelho lançado pela Nokia, que une a mobilidade e energia gerada pelas bikes aos carregadores de bateria para celulares. A empresa percebeu que um processo de geração de energia poderia melhorar a vida de quem quer dar as suas pedaladas, mas manter o contato com o resto do mundo.

O processo é simples: basta pedalar que o dínamo entra em contato com o pneu e gera energia suficiente para recarregar as baterias do telefone. O dínamo é um pequeno aparelho constituído por um eixo móvel, um imã e uma bobina. É o movimento de rotação da roda, ou da correia, que transfere energia para o eixo do dínamo, gerando eletricidade.

Quem é dos tempos em que os faróis eram acessórios indispensáveis nas bicicletas, deve lembrar que era esse processo de geração de energia que alimentava a iluminação das bikes. O aparelho lançado promete transformar o tempo do carregador ligado na tomada em pedaladas, já que o recarregador começa a funcionar a partir de 6km/h e vai até 50km/h.

“As bicicletas são o meio mais comum de transporte em muitos mercados ao redor do mundo, este é apenas mais um benefício a ser obtido a partir de uma atividade que as pessoas já estão fazendo”, disse Alex Lambeek, vice-presidente da Nokia em um comunicado no lançamento do produto. A empresa tem como público alvo os países que tem a bicicleta como um meio de transporte comum, entre as regiões estão países da África, Europa, além da China e Índia.

Também estão inclusos no kit um suporte para fixar o telefone na bicicleta e o dínamo gerador de energia. A bicicleta e as pedaladas ficam por sua conta.

Postado por: Cristina Baddini Lucas

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Acidentes com motos matam uma pessoa por dia em São Paulo


FOLHA DE S.PAULO - SP - 18/07/2010


Acelerar sobre duas rodas é desafiar a morte a cada metro de asfalto, e são muitos os que não chegam ao final da corrida. Hoje, os acidentes com motos matam pelo menos uma pessoa por dia só na cidade de São Paulo. É segunda causa de morte no trânsito. Entre as vítimas, estão muitos motoboys.

Quando, onde e por que vai acontecer o pior? O medo anda sempre junto com os motoqueiros.

O soldado Carlos Eduardo sabe disso. Ele é um bombeiro que também trabalha sobre duas rodas. "Com a motocicleta, a gente chega muito mais rápido do que com a viatura de resgate. Então, foi criado para chegar e dar os primeiros atendimentos até uma unidade de resgate chegar", explica.

Eles trabalham em dupla e levam na mochila material de primeiros socorros. Às vezes, só mesmo pela calçada para seguir em frente.

O Globo Repórter acompanhou o soldado Carlos Eduardo e chegou a um acidente de trânsito. O motoboy estava caído no asfalto. Tentou passar entre um carro e um ônibus e não deu. "Ele bateu em mim e saiu rolando. Passou uns três dedos da roda do ônibus a cabeça do rapaz", conta o motorista do carro Paulo Beraldo.

"É chocante. A gente fica com um sentimento culposo, mas fazer o quê? Acabou com meu dia hoje”, declara o motorista do ônibus Avelino de Jesus.

"Eles têm muita pressa, só querem saber de chegar e não se preocupam com a própria vida deles. Essa é nossa rotina: socorrer motoqueiros todos os dias", afirma o soldado bombeiro Carlos Eduardo.

E lá vai mais um motoboy ferido para o hospital. Na rua, as marcas vão apagar logo.

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FOLHA DE S.PAULO - SP - 18/07/2010

Frota de moto supera a de carro em metade do país



Caixa de texto: Dados mostram que em 46% das cidades veículo de duas rodas é maioria. Índice se limitava a 26% no começo da década; na média, a cada três dias um novo município entra na lista






O office-boy virou motoboy. O transporte público se rendeu ao mototáxi. O jegue deu lugar à moto. E, para escapar de engarrafamentos ou de ônibus caros, lentos e desconfortáveis, muita gente decidiu se tornar motociclista.

O fenômeno notado desde os anos 90 está perto de ganhar um status de predominante: quase metade das cidades brasileiras já tem mais motocicletas do que carros.

Mapeamento da Folha a partir de dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) mostra que 46% dos municípios, onde vive um a cada quatro habitantes do país, têm uma frota onde as motos são majoritárias. O índice se limitava a 26% no começo da década. Na média, a cada três dias uma nova cidade entrou na lista.

Embora esse domínio esteja concentrado em municípios pequenos e médios, são claros os sinais de avanço em grandes centros urbanos.

Duas capitais, inclusive, já têm as motos como preponderantes em suas frotas: Boa Vista (RR) e Rio Branco

MOTIVOS

Essa expansão mostra a consolidação de um transporte típico de países asiáticos, como Índia e Vietnã, e que é motivo de preocupação por ser vulnerável e provocar mais mortes em acidentes -além de mais poluente.

Além da má qualidade dos ônibus, a principal razão do avanço das motos é seu preço e facilidade de financiamento -há prestações de R$ 100. O fenômeno foi estimulado pelos vários níveis de governo, com queda de impostos e legalização de mototáxis.

Especialistas reconhecem a importância das motos para a mobilidade das pessoas. O resultado social, entretanto, é considerado negativo.

O número de motociclistas mortos no país saltou de 725 em 1996 para estimativas acima de 8.000 no ano passado.

O engenheiro e sociólogo Eduardo Vasconcellos cita dois agravantes da expansão desse transporte no Brasil. O primeiro é que, enquanto a população da Ásia sempre conviveu com muitas bicicletas, aqui as pessoas não sabem lidar com veículos de duas rodas -seja na travessia seja para se equilibrar.

O segundo é a mistura de motos com caminhões e ônibus. "Não tem volta. É preciso reprogramar o trânsito."

Ele se refere a ações como redução de limites de velocidade, separação dos veículos grandes e fiscalização dos infratores -hoje muitos radares não flagram motos.

"O problema não é do veículo em si, mas da educação dos condutores", defende Moacyr Alberto Paes, da Abraciclo (associação dos fabricantes de motocicletas).

O aumento da frota de carros no Brasil nos últimos cinco anos foi de 40%, menos de metade do ritmo de crescimento das motos -105%.

Mesmo assim, há mais carros (35,4 milhões) do que motos (15,3 milhões) no país devido às grandes capitais.


PROPORÇÃO


Quem vive em São Paulo pode se impressionar com a quantidade de motoboys enfileirados em grandes vias. Mas a capital paulista tem 7 motos por 100 habitantes, contra mais de 26 por 100 habitantes em Ji-Paraná, segundo município mais populoso de Rondônia -onde os ônibus urbanos não chegam a 30, contra 200 mototáxis.

Em Tefé (AM), a quantidade de motos -4.464- equivale a nove vezes a de carros. Não é à toa: sem estradas, seus acessos são feitos por barco ou avião. "É uma emoção viver nesta cidade, com tantas motos", diz a bióloga Lorena Andrade, em referência ao zigue-zague num lugar onde semáforos e faixas de pedestres são escassos.

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FOLHA DE S.PAULO - SP - 18/07/2010

Municípios têm mais veículos que habitantes



Caixa de texto: Santa Bárbara do Monte Verde tem 187 veículos para cada cem pessoas. Proximidade com o Estado do RJ, onde IPVA é mais caro, favorece registro nessa e em outras duas cidades








Santa Bárbara do Monte Verde, na Zona da Mata mineira, tem apenas quatro avenidas, uma delas sem asfalto, e 5.603 veículos -quase dois, na média, para cada um de seus 2.999 habitantes.

A cidade, a 319 km de Belo Horizonte, tem a maior proporção de veículos por habitantes do Brasil: são 187 para cada cem pessoas.

Está no bolso a explicação para Santa Bárbara do Monte Verde, que não tem nenhuma concessionária de automóveis e ficou três anos sem posto de gasolina -até um ser reinaugurado há quatro meses-, liderar o ranking.

O IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) cobrado em Minas é mais barato que no Estado do Rio, logo ao lado.

De acordo com a tabela da Secretaria da Fazenda de Minas Gerais, a alíquota do imposto para "automóveis de uso misto com autorização para transporte público", como táxi ou escolar, é de 2%. No Rio, a alíquota é de 4%.

A Folha apurou que a diferença de valores é aproveitada por empresas frotistas, que, apesar de sediadas no Rio, como nas cidades vizinhas de Rio das Flores e Valença, registram seus carros em municípios mineiros.

Além disso, em MG as taxas de primeira licença e primeiro emplacamento são mais baratas que as do Rio.

"Já teve gente que pagou R$ 350 só para emplacar seu primeiro carro no Rio. Aqui, não cobramos nada", afirmou o delegado Alexandre Pereira, diretor do Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) de Rio Preto (MG), cidade vizinha de Santa Bárbara do Monte Verde.

O município -que também não tem concessionária, mas registra 7.630 veículos e 5.631 moradores- é o segundo na média de veículos por 100 habitantes (135).

"Meus tios moram no Rio de Janeiro, mas emplacaram o carro em Santa Bárbara [do Monte Verde]. Sai mais barato ter o registro do carro aqui", afirmou a enfermeira Angélica Lourenço, 25.

Metade dos recursos do IPVA amealhados pelo Estado vai para o município arrecadador. O prefeito de Santa Bárbara do Monte Verde, Fábio Nogueira (PSC), afirma não ver problemas em receber verbas que, em tese, deveriam ir para o Rio.

"Assumi o cargo em 1º de janeiro de 2009 e a situação já era assim. Não cabe a mim controlar", disse. Segundo o prefeito, o IPVA representa 10% da receita do município.


ESPÍRITO SANTO


Uma ponte de 60 metros separa Bom Jesus de Itabapoana (RJ) de Bom Jesus do Norte (ES). Com 9.672 habitantes e uma frota de 11.802 automóveis, a cidade capixaba, que não possui loja de venda de carros, é a terceira do país na média de veículo para cem habitantes (122).

Assim como nas duas primeiras colocadas, boa parte dos carros registrados lá pertence a fluminenses. A distorção, novamente, é explicada pela alíquota do IPVA: no Espírito Santo, 2% para carro de passeio ; no Rio, 4%.

postado por: Cristina Baddini Lucas