quarta-feira, 18 de maio de 2011

DECADA MUNDIAL DA SEGURANÇA VIÁRIA

ANTP e entidades levarão suas propostas para o Comitê Nacional de Mobilização pela Saúde, Segurança e Paz no Trânsito

Está prevista para junho uma reunião Comitê Nacional de Mobilização pela Saúde, Segurança e Paz no Trânsito, quando será debatida a proposta do plano decenal do governo para a redução de mortos e feridos no trânsito. “A essa reunião, levaremos o documento formulado pela ANTP e por outras organizações e que reune 44 propostas de ação imediata para reduzir o número de mortos e de feridos no trânsito. Esse texto é uma contribuição para o esforço nacional para minimizar a barbárie do trânsito em todo o País; é um documento que está disponível, em sua forma integral ou em formato resumido, no Portal da ANTP”, disse o dirigente. O Comitê. O Comitê de Saúde, Segurança e Paz no Trânsito foi, instituído por decreto presidencial em 19 de setembro de 2007. A coordenação desse comitê é do Departamento Nacional de Trânsito (Dentran), vinculado ao Ministério das Cidades. O governo federal dele participa também por meio de representação dos ministérios da Justiça, Transportes, Saúde e Educação. Igualmente integram o comitê entidades da sociedade civil como a ANTP e a Associação Brasileira de Medicina e Tráfego (Abramet).

PLANO NACIONAL

No dia 11 de maio, quando o governo lançou o Pacto Nacional pela Redução de Acidentes no Trânsito – Pacto pela Vida foi assinalado que um dos objetivos dessa iniciariva é a construção do Plano Nacional de Redução de Acidentes e Segurança Viária para a Década 2011-2020, com a participação de toda a sociedade (veja matéria sobre o lançamento em outras notas desta edição). "Por isso, a ANTP e as outras organizações que têm condições de contribuir se esforçaram para apresentar um documento com propostas", disse o Ailton Brasiliense Pires. Pilares do plano governamental. Os pilares que fundamentam as ações do plano governamental foram apresentados no evento do dia 11 pelo diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Orlando Moreira da Silva. São eles: ações de gestão e fiscalização; educação; saúde; infraestrutura; e segurança veicular; que deverão ser executadas por todos os órgãos de trânsito nos três níveis de governo. Nova resolução. Esse plano decenal deve substiutir a Resolução 166, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que introduziu a Política Nacional de Trânsito. Ela foi instituída no em setemebro de 2004 e tinha metas para serem alcançadas até em 2014, mas que não foram atingidas”, informou o presidente da ANTP, que era diretor geral do Denatran daquela ocasião. O novo plano provavelmente será definido por meio de uma nova resolução do Contran, que substituirá aquela de 2004.

terça-feira, 17 de maio de 2011

A cabalística promessa de 522 km de ciclovias para 2012 em São Paulo


Que na cidade de São Paulo não faltam promessas e estudos de ciclovias ninguém duvida. Que de uns tempos para cá a palavra “ciclovia” vem sendo repetida como um mantra por projetistas, urbanistas, arquitetos, secretários e até pelo prefeito, isso também ninguém duvida. Mas dizer que a cidade tem, de forma documentada, no mínimo, 522 km de ciclovias projetadas para aparecerem como mágica em 2012...sim, se eu não
soubesse, nem eu acreditaria.

O Planos Regionais Estratégicos das 31 subprefeituras têm juntos, 367 km de ciclovias ou ciclorotas planejados no Plano Diretor Estratégico para serem todos entregues em 2012.

O Plano de Ciclovias anunciado pela Secretaria Municipal de Transporte em 2009, beneficiará os bairros Grajaú, Jardim Brasil e Jardim Helena, com o total de 55 km, inicialmente prometidos para 2010, foi replanejado para o fim de 2012.

O Plano de Metas /Agenda 2012, embora Eduardo Jorge tenha afirmado que sua meta era de 1000 km de ciclovias até 2020, ele anunciou em 2008, 100 km de ciclovias para 2009, logo depois, anunciou os mesmos 100 km, com algumas alterações de locais, entraram para o Plano de Metas /Agenda 2012 do município, prometido para tudo ser entregue, adivinha quando? Isso mesmo, 2012.

Coincidência? Existe uma força oculta trabalhando nos bastidores para surpreender a população e ao acordarmos em 2013 termos a disposição 522 km de ciclovias na cidade? As profecias que aparecem em todos os planos e projetos para bicicleta vão mesmo se realizar? 2012 é o ano da bike?

Ciclista, vá tomar banho de chuva, porque o banho de água fria que vamos tomar do planejamento cicloviário da cidade é mais gelado.

Todo o ano escrevo artigos e falo a mesma coisa, o executivo não faz previsões no orçamento da cidade de valores suficientes para execução destes projetos. Ano após ano, os projetos vão se acumulando, as reivindicações aumentando, mas na hora de empenhar os fundos no orçamento da cidade para a bicicleta, o dinheiro não aparece.

Eu sempre ouço, “mas bilhões para o túnel da Roberto Marinho tem, milhões para pontes “estragadas” tem, incentivos para indústria imobiliária tem, milhões para os automóveis tem...” e por aí vai. Mas
não é somente a bicicleta que é prejudicada nessa falta de empenho com a qualidade de vida, pedestres e o transporte público também é deixado de lado, mas isso é pano para outra manga.

Até quando viveremos de esperança, promessas e ocultismo das ações ?

Chico Macena
vereador de São Paulo pelo PT

www.chicomacena.com.br