quarta-feira, 26 de outubro de 2011

18º Congresso da ANTP

A Prefeitura de São Caetano participou do 18º Congresso Brasileiro de Transportes e Trânsito, realizado no Rio de Janeiro. O encontro teve como objetivo mobilizar e aprovar os rumos políticos para o setor de transporte, trânsito e acessibilidade, especialmente na área de Mobilidade Urbana como fator decisivo para o desenvolvimento sustentável de nosso país.
Participaram do congresso a Diretora de Transportes da Secretaria de Mobilidade Urbana, Cristina Baddini Lucas e a coordenadora do de educação no trânsito, Gimeres Rocha Veloso.
No último dia de evento, durante a conferência, com o tema Campanha da ONU - Década de Segurança Viária foram apresentados os Objetivos da Década e seus desdobramentos no Brasil. O diretor de Vigilância e Saúde do Ministério da Saúde, Otaliba Libânio, citou os trabalhos que têm sido desenvolvidos e além disso, o presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos - ANTP, Ailton Brasiliense Pires, abriu um espaço para a diretora, Cristina Baddini Lucas falar das ações desenvolvidas no município de São Caetano do Sul com o intuito de reduzir os acidentes de trânsito na cidade e melhorar a qualidade de vida da população, principalmente os idosos.
De acordo com Baddini, o encontro foi importante para divulgar as ações realizadas em São Caetano. "Ficamos muito felizes com a oportunidade de mostrar para todo o Brasil as ações que são realizadas aqui. Mostramos primeiramente o trabalho feito aqui priorizando os pedestres nas travessias com foco nas ocorrências de atropelamentos que envolvem bebida alcoólica e direção, o excesso de velocidade, condutores jovens envolvidos em acidente e as ocorrências com pedestres ciclistas.
Idosos
Outro trabalho apresentado foi o da prevenção de quedas de idosos. O risco de cair aumenta significativamente com o avançar da idade, o que coloca essa situação como um dos grandes problemas de saúde pública devido ao aumento expressivo do número de idosos na população e à sua maior longevidade, competindo por recursos já escassos e aumentando a demanda por cuidados de longa duração. A queda é um evento frequente entre idosos e gera consequências desastrosas. Estudos epidemiológicos revelam que 30% dos indivíduos com mais de 65 anos sofrem pelo menos uma queda por ano. As quedas costumam levar o idoso à dependência funcional e representam uma das principais causas de morte nessa população. A identificação de fatores de riscos para quedas de uma determinada população, além de favorecer a criação de programas preventivos específicos, proporciona ao profissional da saúde o conhecimento de instrumental necessário para ajudar o idoso na conscientização da importância de prevenção para evitar incapacidades geradas por possíveis quedas, além de orientá-lo a conviver com as limitações funcionais geradas pelo envelhecimento, para que esse idoso mantenha-se ativo e integrado em sua comunidade. “Elaborar e executar atividade de prevenção de quedas para idosos no município de São Caetano do Sul foi um trabalho bastante relevante e que tem nos orgulhado muito”, finalizou.
São Caetano também está aprimorando o acompanhamento da evolução dos acidentes e a mortalidade no trânsito desenvolvendo planos de ação para a prevenção de ocorrências e criando mecanismos de monitoramento.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Trânsito mata uma pessoa a cada dois dias

DGABC
A violência no trânsito mata uma pessoa a cada dois dias no Grande ABC, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública. Até agosto foram registradas 166 mortes por acidentes automobilísticos nos sete municípios do Grande ABC. A cidade com maior número de vítimas fatais é São Bernardo, com 44. Em seguida vêm Diadema (20) e Santo André (16).
De janeiro a outubro deste ano, o Corpo de Bombeiros atendeu 5.254 acidentes de trânsito na região, o que representa 52% das ocorrências de resgate e 33% do total de atendimentos. O comandante da corporação no Grande ABC, tenente-coronel Roberto Rensi, aponta a falta de conscientização dos motoristas como a principal causa do alto índice de mortes nas ruas. "As leis existem, a fiscalização também. O povo tem que ter a noção clara de que se dirigir embriagado ou exagerar na velocidade, poderá causar acidente e haverá punição."
A brutalidade nas ruas também onera os cofres públicos. A Secretaria de Estado da Saúde aponta que, em 2010, o Sistema Único de Saúde gastou R$ 56,7 milhões para tratar pacientes internados por acidentes graves de trânsito. O valor é equivalente à construção de um hospital com 200 leitos.
O diretor do Hospital de Emergências Albert Sabin, em São Caetano, Paulo Sartori, revela que a unidade chega a atender 150 pacientes feridos nas ruas, o que representa 15% do total de atendimentos. O médico concorda que a educação seria importante para diminuir o número de ocorrências. "Os motoristas ainda abusam muito." Apesar de reconhecer a culpa do álcool, Sartori afirma que a maior parte dos acidentados não chega ao hospital sob efeito da bebida. "A maioria dos atendimentos é referente a motoqueiros."
MOTOSPara diminuir o número de mortes envolvendo motociclistas, um grupo de médicos do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo elaborou conjunto de propostas que visa aumentar a segurança de quem anda sobre duas rodas. Os itens foram apresentados no 1º Fórum Saúde e Trânsito, promovido em junho pelo hospital.
Um dos organizadores, o microcirurgião Marcelo Rosa de Rezende, do Instituto de Ortopedia, afirma que o principal objetivo é melhorar o convívio entre motoristas e motociclistas. "É preciso regulamentar as áreas de circulação das motos, aumentar o rigor para a obtenção da habilitação e aumentar a fiscalização da velocidade dos motoqueiros, entre outras medidas", aponta. Ele revela que o gasto médio com acidentados no HC é de R$ 30 mil.

Sites apontam locais de blitze da Lei Seca
Usuários da internet utilizam a rede de computadores para avisar, em tempo real, onde estão sendo feitas blitze da Lei Seca. A ferramenta possibilita que o motorista sob efeito de álcool altere o caminho e não passe pela fiscalização.
Sem se identificar, o coordenador de um dos sites, no entanto, nega que a página tenha o objetivo de incentivar a combinação entre álcool e direção. "A lei é mal aplicada, tem o objetivo de arrecadar, e cerceia o direito de ir e vir. O governo não pode fazer isso sem oferecer transporte alternativo de qualidade. Isso é transferir a responsabilidade ao motorista", reclama. Na opinião dele, as blitze causam incômodo até em quem não consome álcool. "Gera muito trânsito, além do risco de assalto na fila."
O comandante da Polícia Militar no Grande ABC, coronel Roberval França, diz que a ferramenta não é ilegal, mas deve ser usada com responsabilidade. Neste ano, 35 pessoas foram presas em flagrante por dirigirem embriagadas na região. Em 2010, o número chegou a 39.

Para especialista, lei tem brechas e precisa de revisão
Presidente da Comissão de Trânsito da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo, Maurício Januzzi é enfático: "A Lei Seca tem várias brechas e precisa de alterações urgentes."
A Polícia Rodoviária Federal entende que não existe limite seguro para dirigir após ingerir álcool, pois o efeito no organismo varia de acordo com o sexo, o peso e a ingestão de alimentos.
Ainda assim, explica que "consumir o equivalente a uma lata de cerveja (340 mililitros), ou uma taça de vinho (140 mililitros), ou uma dose de cachaça, vodca ou uísque (40 mililitros) é o bastante para ser multado."
Quando o bafômetro acusa entre 0,14 miligrama de álcool por litro de ar expelido até 0,33 mg/l, o motorista flagrado é multado em R$ 957, perde o direito de dirigir por 12 meses e tem carro e documento apreendidos.
Se o aparelho marcar mais do que 0,34 mg/l, o condutor está sujeito à mesma penalidade, mas como o índice também caracteriza crime de trânsito, pode levar o motorista à detenção por seis meses a três anos, além da proibição de dirigir.
"O índice de álcool por litro de sangue só pode ser obtido pelo bafômetro ou pelo exame de sangue, mas como o motorista não é obrigado a fazer os testes, ninguém pode ser punido, independentemente de causar acidente ou morte, o que torna a lei inaplicável", afirma Januzzi.
O especialista defende a obrigatoriedade da submissão ao exame clínico, realizado por médicos, que identificam sinais de embriaguez, e que este seja considerado válido para determinar se o motorista está ou não bêbado.
A duração da pena também deveria ser revista. "A pena é irrisória. Além disso, a pessoa que é flagrada pode acabar pagando só cesta básica, o que provoca o sentimento de impunidade". (André Vieira)

Motoristas bêbados causam série de acidentes com mortes
A sequência de acidentes e atropelamentos causados por condutores embriagados tem assustado a população paulista neste ano.
Em 21 de agosto, o garçom Thiago Santos Vidal, 25 anos, bateu com um Vectra a 200 km/h na Avenida Lauro Gomes, em São Bernardo. O acidente causou a morte de um dos ocupantes do veículo, o chapeiro Pedro da Cruz, 31. O motorista não tinha habilitação e assumiu ter ingerido bebida alcoólica. Vidal foi preso em flagrante e responde por homicídio doloso, por ter assumido o risco de matar.
Na Capital, dia 23 de julho, a nutricionista Gabriela Gerrero, 28, capotou sua Land Rover na Vila Madalena e atingiu o administrador de empresas Vitor Gurman, 24, que caminhava pela calçada. Ele morreu quatro dias depois no Hospital das Clínicas. A condutora estava alcoolizada e voltava de uma balada com o namorado.
No Alto de Pinheiros, em 17 de setembro, mãe e filha também foram atingidas na calçada, próximo à saída de um shopping. Miriam Baltresca, 58, morreu no local e a filha, Bruna Baltresca, 28, faleceu no hospital. O Golf desgovernado era conduzido pelo bibliotecário Marcos Alexandre Martins, 33, que recusou-se a fazer teste do bafômetro e foi autuado por duplo homicídio.
O caso mais recente aconteceu sábado, quando três garis foram atropelados na Marginal do Pinheiros pelo bancário Fernando Mirabelli, 32, de São Bernardo, que, alcoolizado, conduzia uma Hilux. Dois garis morreram e o outro ficou ferido. O condutor está preso e foi indiciado por homicídio doloso inafiançável. (Maíra Sanches)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Ciclistas protestam contra ciclofaixas da Prefeitura de Curitiba

O Movimento Bicicletada de Curitiba protestou contra a ciclofaixa inaugurada neste domingo (23) pela Prefeitura na região Central. Eles mostraram a insatisfação com o prefeito Luciano Ducci pela criação de um espaço para os ciclistas voltado apenas para o lazer e não para a mobilidade urbana.

Centenas de ciclistas que participam do movimento foram até as ruas onde estão implantadas as ciclofaixas, mas não utilizaram a parte pintada para as bicicletas.
Durante a semana, o movimento havia chamado para um ato de repúdio às ciclofaixas — espaço destinado a cilcistas na região central, mas que só funcionarão uma vez por mês, e em horário restrito.

Embora a Prefeitura se esforce em apontar que as ciclofaixas incentivam o uso da bicicleta, o que os ciclsitas curitibanos reclamam é que a cultura da bicicleta não pode ficar restrita ao uso de lazer, mas ser encarado como uma alternativa responsável para a locomoção diária, que ajuda a desafogar o trânsito na Capital e diminuir a emissão de poluentes.

Segundo os representantes do movimento, que se reuniram com técnicos da Prefeitura no final de semana, a administração reconhece erros nos projetos voltados à ciclomobilidade em Curitiba. O movimento de ciclistas de Curitiba quer que o Circuito de Lazer seja objeto de avaliação conjunta formada por integrantes dos movimentos Bicicletada, Associação de Ciclistas do Alto-Iguaçu (CicloIguaçu) e Ciclovida da UFPR; um parecer técnico será apresentado em reunião da Câmara de Ciclomobilidade do Conselho de Curitiba (Concitiba) no dia 31 de outubro.

Também querem a correção das informações de divulgação da prefeitura, adequando o circuito à nomenclatura técnica para não gerar confusão, já que o termo “ciclofaixa” não pode ser aplicado ao projeto; além de que seja divulgado toda a programação e datas das próximas edições do projeto da Prefeitura.

Reunião técnica para promover uma sinalização, de forma emergencial, em pontos críticos como cruzamentos e conversões da rede cicloviária permanente.