quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Haddad libera crédito adicional de R$ 32 milhões para transportes

Obras de implantação e revitalização de corredores de ônibus e reformulação de terminais urbanos receberam um acréscimo no orçamento de R$ 32 milhões 683 mil e 86 reais.
A abertura de crédito adicional foi determinada pelo prefeito Fernando Haddad pelo decreto 53.756 de 26 de fevereiro de 2013. A publicação foi feita nesta quarta-feira, dia 27 de fevereiro no Diário Oficial do Município.
Parte do valor foi remanejada de outras dotações orçamentárias também para obras de transportes, o que mostra a atualização de alguns projetos.
Haddad anunciou que já estão prontos os editais para seis corredores de ônibus que devem começar a ser implantados neste ano.
A intenção do prefeito é contratar as obras para 66 quilômetros para 2013.
Com este crédito adicional, a promessa da construção de 150 quilômetros de corredores exclusivos dá mais um passo para não ficar só no discurso. Apesar de o valor ser pequeno diante das necessidades para as obras, toda dotação orçamentária é bem vinda
Segundo Haddad, em diversas regiões de São Paulo, o sistema de BRT – Bus Rapid Transit – acaba sendo o mais indicado pela maior facilidade de implantação, menor custo e mais flexibilidade nos serviços.
Para ele, o modelo ideal é o que se complementa com o metrô. Assim, os corredores devem ter o mesmo padrão de atendimento dos modais metroferroviários, com acessibilidade (como estações com plataformas na mesma altura do assoalho dos ônibus), confiabilidade nos horários e rapidez.
De acordo com os levantamentos técnicos da prefeitura, o modelo de BRT que deve ser implantado em São Paulo tem o custo entre R$ 20 milhões e R$ 25 milhões por quilômetro. Os investimentos são dez vezes menores que o metrô e a capacidade de transportes é apenas três vezes menos. Assim, dependendo da demanda, de acordo com os levantamentos, o corredor pode ser a solução no custo certo, mesmo com expectativa de aumento do número de passageiros no decorrer dos anos, o que poderia ser atendido pela maior flexibilidade das linhas de ônibus. Para demandas muito grandes, no entanto, o metrô pesado é ainda considerado o mais indicado.
O custo de outros modais, como o monotrilho, é de quatro a cinco vezes maior que o preço do corredor de ônibus, com capacidade de atendimento no máximo duas vezes maior.
Os 150 quilômetros de corredores de ônibus em São Paulo, segundo estimativa dos estudos da Prefeitura de São Paulo, devem custar R$ 4 bilhões e beneficiar 2,2 milhões de pessoas por dia. Para se ter uma ideia, o monotrilho do ABC – linha 18, que deve ter 28 quilômetros e atender 330 mil pessoas por dia, terá um custo total de R$ 4,2 bilhões.
Segundo especialistas em transportes, a questão não é optar por um ou outro tipo de modal, mas pelo meio de locomoção tecnicamente e economicamente mais viável para cada ponto. Assim, deve ser feita a conta de quantos passageiros o modal vai atender em determinado trecho e quanto vai custar não só para implantação, mas para operação. Custos e impactos ambientais, na paisagem urbana e na valorização ou desvalorização dos imóveis ao redor das obras destes modais também devem ser considerados.
A licitação dos serviços de ônibus municipais, cujas propostas devem começar a ser abertas em abril, vem acompanhada de um plano de corredores para São Paulo. As metas são de construção de 280 quilômetros até 2016 e 430 quilômetros até 2020.
Entre os corredores considerados prioritários estão:
Zona Leste:
Celso Garcia, Estrada de São Miguel, Marechal Tito até as proximidades de Itaquaquecetuba.
Radial Leste até Itaquera ainda este ano e extensão até Guaianazes.
Corredor Aricanduva.
Corredor Itaim Paulista, Guaianazes, Estrada do Iguatemi, Cidade Tiradentes, Ragueb Chohfi, São Mateus.
Zona Norte:
Corredor Paralelo á Marginal Tietê, Avenida Carvalho Pinto até Itaquera
Pirituba – Itaquera.
Zona Sul:
Vinte e Três de Maio, Rubem Berta a Rio Branco.
M Boi Mirim – Embu Guaçu.


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