Obras de implantação e revitalização de corredores de ônibus e reformulação de
terminais urbanos receberam um acréscimo no orçamento de R$ 32 milhões 683 mil e
86 reais.
A abertura de crédito adicional foi determinada pelo prefeito
Fernando Haddad pelo decreto 53.756 de 26 de fevereiro de 2013. A publicação foi
feita nesta quarta-feira, dia 27 de fevereiro no Diário Oficial do
Município.
Parte do valor foi remanejada de outras dotações orçamentárias
também para obras de transportes, o que mostra a atualização de alguns
projetos.
Haddad anunciou que já estão prontos os editais para seis
corredores de ônibus que devem começar a ser implantados neste ano.
A
intenção do prefeito é contratar as obras para 66 quilômetros para 2013.
Com
este crédito adicional, a promessa da construção de 150 quilômetros de
corredores exclusivos dá mais um passo para não ficar só no discurso. Apesar de
o valor ser pequeno diante das necessidades para as obras, toda dotação
orçamentária é bem vinda
Segundo Haddad, em diversas regiões de São Paulo, o
sistema de BRT – Bus Rapid Transit – acaba sendo o mais indicado pela maior
facilidade de implantação, menor custo e mais flexibilidade nos
serviços.
Para ele, o modelo ideal é o que se complementa com o metrô. Assim,
os corredores devem ter o mesmo padrão de atendimento dos modais
metroferroviários, com acessibilidade (como estações com plataformas na mesma
altura do assoalho dos ônibus), confiabilidade nos horários e rapidez.
De
acordo com os levantamentos técnicos da prefeitura, o modelo de BRT que deve ser
implantado em São Paulo tem o custo entre R$ 20 milhões e R$ 25 milhões por
quilômetro. Os investimentos são dez vezes menores que o metrô e a capacidade de
transportes é apenas três vezes menos. Assim, dependendo da demanda, de acordo
com os levantamentos, o corredor pode ser a solução no custo certo, mesmo com
expectativa de aumento do número de passageiros no decorrer dos anos, o que
poderia ser atendido pela maior flexibilidade das linhas de ônibus. Para
demandas muito grandes, no entanto, o metrô pesado é ainda considerado o mais
indicado.
O custo de outros modais, como o monotrilho, é de quatro a cinco
vezes maior que o preço do corredor de ônibus, com capacidade de atendimento no
máximo duas vezes maior.
Os 150 quilômetros de corredores de ônibus em São
Paulo, segundo estimativa dos estudos da Prefeitura de São Paulo, devem custar
R$ 4 bilhões e beneficiar 2,2 milhões de pessoas por dia. Para se ter uma ideia,
o monotrilho do ABC – linha 18, que deve ter 28 quilômetros e atender 330 mil
pessoas por dia, terá um custo total de R$ 4,2 bilhões.
Segundo especialistas
em transportes, a questão não é optar por um ou outro tipo de modal, mas pelo
meio de locomoção tecnicamente e economicamente mais viável para cada ponto.
Assim, deve ser feita a conta de quantos passageiros o modal vai atender em
determinado trecho e quanto vai custar não só para implantação, mas para
operação. Custos e impactos ambientais, na paisagem urbana e na valorização ou
desvalorização dos imóveis ao redor das obras destes modais também devem ser
considerados.
A licitação dos serviços de ônibus municipais, cujas propostas
devem começar a ser abertas em abril, vem acompanhada de um plano de corredores
para São Paulo. As metas são de construção de 280 quilômetros até 2016 e 430
quilômetros até 2020.
Entre os corredores considerados prioritários
estão:
Zona Leste:
Celso Garcia, Estrada de São Miguel, Marechal Tito até
as proximidades de Itaquaquecetuba.
Radial Leste até Itaquera ainda este ano
e extensão até Guaianazes.
Corredor Aricanduva.
Corredor Itaim Paulista,
Guaianazes, Estrada do Iguatemi, Cidade Tiradentes, Ragueb Chohfi, São
Mateus.
Zona Norte:
Corredor Paralelo á Marginal Tietê, Avenida Carvalho
Pinto até Itaquera
Pirituba – Itaquera.
Zona Sul:
Vinte e Três de Maio,
Rubem Berta a Rio Branco.
M Boi Mirim – Embu Guaçu.
Blog Ponto de ônibus
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