A
demanda por veículos tem crescido exponencialmente e a capacidade de oferta
viária, de um modo geral, não consegue acompanhá-la. Isso ocorre como uma onda
a partir dos grandes para os médios centros urbanos em todo o Brasil.
O
uso privado do espaço público é um dos maiores vem impactando negativamente na
qualidade de vida das pessoas. Ampliar os espaços de circulação dos automóveis
individuais é enxugar gelo. Qualquer estratégia de crescimento econômico
apoiada na instalação de mais e mais fábricas e vendas de automóveis e na
expectativa de que se abram avenidas tentando dar-lhes fluidez é incompatível
com cidades que pretendem ter uma economia sustentável.
Medidas
de enfrentamento
Os
paulistanos estão comprando mais carros, mas, ao mesmo tempo, sonham com
alternativas no transporte público para fugir do trânsito. Já há na opinião
pública a idéia de aceitar deixar o carro em casa no cotidiano, mas condiciona
essa decisão a uma prévia melhoria do transporte coletivo. A taxa média de
ocupação dos automóveis nas ruas da Grande São Paulo se limita a 1,4 pessoas
por veículo. A cada cinco carros em circulação nos horários de pico, somente
sete pessoas são transportadas.
Existem
inúmeras medidas que podem ser utilizadas para reduzir o impacto destes
problemas como, por exemplo, a restrição
da entrada de automóveis em algumas áreas, a criação de áreas de
estacionamentos periféricas, implantação de sistemas integrados e eficientes de
transporte público, o rodízio de
veículos e a priorização dos meios ativos de mobilidade, como o uso da bicicleta e a
caminhada. Mas é preciso garantir que estas opções sejam rápidas e seguras.
Bicicletas
públicas
Sistemas
de transporte público em bicicleta é um sucesso mundial. Estão na Europa, na
Ásia e nas Américas. Os primeiros sistemas implantados no mundo foram as
bicicletas brancas na Holanda. Os projetos de bicicletas disponíveis nas
cidades para a população e para o
transporte público por bicicletas devem ter como diretriz tornar-se promotor do
transporte sustentável e de forte coesão social. O sucesso deste tipo de iniciativa está no
fato de que deve haver uma verdadeira integração entre o sistema de bicicletas
e a rede de transportes públicos
BikeRio
O
sistema de bicicletas públicas "BikeRio" é um sucesso estrondoso com
milhares de viagens de bicicleta pelas ruas e ciclovias cariocas. Muitos desses
ciclistas são novatos e muitos outros ainda não pedalam pela falta de
infraestrutura segura de circulação para as bicicletas.
A
malha cicloviária carioca tem aumentado bastante, até o final de 2012 a cidade
terá mais de 300km para pedalar com tranquilidade, mas a demanda reprimida
ainda é grande. Principalmente por parte dos usuários das bicicletas públicas,
as famosas laranjinhas.
IntegraBike
O
sorocabano agora tem mais uma opção de transporte. As bicicletas públicas em
Sorocaba é um serviço gratuito para
usuários cadastrados no sistema de transporte público local e começou em maio passado. Quem não quiser enfrentar o trânsito em um carro ou
no transporte coletivo, pode andar pela cidade em cima de uma bicicleta. O
IntegraBike é o programa que disponibiliza bicicletas grátis à população por
uma hora. Este
serviço disponibilizou 70 bicicletas. A previsão é de que 360 pessoas utilizem
o sistema por dia e 10,8 mil por mês.
Cada
bicicleta a mais que circula ajuda a aliviar a pressão por viagens no nos
automóveis particulares.
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